BERLIM,
05 dez 2012 (AFP) - A corrupção continua fazendo estragos no mundo e prejudica,
em particular, os países mais atingidos pela crise na Eurozona, como Grécia e
Itália, cuja classificação na lista se deteriora, indica a Transparência
Internacional em seu relatório anual publicado nesta quarta-feira. Na América
Latina, os países mais virtuosos são Chile e Uruguai, que compartilham a 20ª
posição com uma nota de 70 pontos em 100, e o mais corrupto é a Venezuela, situado
na 165ª posição com 19 pontos, na frente apenas de Iraque, Uzbequistão, Somália
e Afeganistão. A Transparência Internacional constata que "a corrupção
continua fazendo estragos nas sociedades em todo o mundo" e aponta
expressamente para os países mais afetados da Eurozona pela crise econômica e
financeira, pelo nível "decepcionante" de corrupção, segundo o
comunicado. A Transparência Internacional analisa a corrupção em 174 países e
lhes concede uma nota que vai de 0 a 100, dependendo da percepção de corrupção.
Na Europa, neste ano, Itália e Grécia aparecem, respectivamente, nas posições
72 e 94 da lista, com 42 e 36 pontos, três e 14 posições a menos que no
relatório anterior da Transparência. O nível de percepção da corrupção na
Itália é similar ao da Tunísia (41 pontos), enquanto o da Grécia é igual ao da
Colômbia. Entre os países afetados pela crise da dívida, Irlanda (25ª), Espanha
(30ª) e Portugal (33ª) obtêm resultados superiores a 60. Menos afetados pela
crise, Alemanha e França estão classificados na 13ª e 22ª posição,
respectivamente, com notas superiores a 70. Dinamarca, Finlândia e Nova
Zelândia compartilham o primeiro lugar de países mais virtuosos, com resultados
de 90 pontos. Japão e Reino Unido aparecem na 17ª posição, na frente dos Estados
Unidos (19ª).Os resultados da maioria dos países da "primavera árabe"
são inferiores ou levemente superiores a 40. Afeganistão, Coreia do Norte e
Somália compartilham a última posição com notas de 8 pontos. A Rússia (133ª),
com uma nota de 28, continua sendo um dos países mais corruptos do mundo,
segundo a Transparência, mas voltou a melhorar sua posição, subindo 10 posições
desde o último relatório. Para realizar esta lista, que reflete apenas a
percepção da corrupção, a ONG se baseia em dados recolhidos por 13 instituições
internacionais, entre elas o Banco Mundial, os bancos asiático e africano de
desenvolvimento ou o Fórum Econômico Mundial.
Fonte: Terra Notícias
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