Parlamento da
Crimeia pede oficialmente anexação à Rússia
Mais de vinte mil pessoas se reuniram na noite de domingo na praça de Lênin de Simferopol, capital da república separatista da Crimeia, para festejar a vitória da reunificação com a Rússia no referendo
Foto: AP
O Parlamento da Crimeia aprovou nesta segunda-feira uma
resolução na qual se declara independente da Ucrânia e pediu oficialmente a
anexação da península à Rússia. "A república da Crimeia se dirige à
Federação Russa pedindo que seja aceita no seio da Rússia na qualidade de uma
nova entidade", assinala o texto.
A resolução foi ratificada em uma sessão extraordinária do
legislativo, em que também foi decidido que a Crimeia adotará o fuso horário de
Moscou, e não o de Kiev como até agora, a partir de 30 de março.
A declaração de independência aconteceu depois de 96,77% dos
crimeanos que participaram do referendo deste domingo votarem a favor da
reunificação com a Rússia.
Segundo as autoridades locais, na consulta, declarada ilegal
pelo governo da Ucrânia e pela quase totalidade da comunidade internacional,
participaram 1.274.096 crimeanos, ou seja, uma participação de 83,1% dos
eleitores aptos a votar.
Fonte: Terra Notícias.
Vejam outros referendos que existem propostas para acontecer na Europa:
1) Carcóvia: O governador da região convocou uma reunião
extraordinária com os responsáveis pela segurança e pediu que os moradores
evitem as reuniões sobre a votação
A tensão aumentou ainda mais no leste da Ucrânia
nesta sexta-feira, com o anúncio feito por militantes pró-Rússia da cidade de
Carcóvia de que no domingo um referendo também será realizado concomitantemente
com o da Crimeia.
Os simpatizantes de Moscou estão no mesmo embalo do
"premiê" separatista pró-Rússia da península ucraniana da Crimeia,
Serguei Axionov. Ele acaba de convidar lideranças russófonas do leste a
organizar referendos nos moldes do que será realizado neste domingo na Crimeia,
que tratará da adesão à Rússia.
A petição feita pelo movimento pró-russo de
Carcóvia, que anuncia também uma série de reuniões neste sábado nesta cidade,
em Lugansk, Donetsk, Mariupol e Odessa, propõe uma votação inspirada na que
ocorrerá na Crimeia, com duas opções: maior autonomia ou adesão à Rússia.
Os signatários do documento anunciam a instalação
de 100 a 200 urnas em Carcóvia e se propõem também a "assumir o
poder" e "pedir a ajuda da Rússia".
A iniciativa preocupou o governador da região, Igor
Baluta, que convocou uma reunião extraordinária com os responsáveis pela
segurança e lançou um apelo aos moradores para que evitem as reuniões,
alertando para "possíveis atos terroristas".
No final da tarde (horário local) o tribunal
administrativo de Carcóvia, tomado pelo Conselho Municipal, proibiu a
realização das reuniões neste domingo.
Um dos principais líderes da coalizão que está no
poder atualmente, o ex-lutador de boxe Vitali Klitschko, pediu para que os
serviços de segurança interviessem na organização destes
"referendos", chamando a atenção para possíveis provocações russas.
Após a morte de um manifestante na cidade de
Donestk nesta quinta-feira, 13, as iniciativas de votação preocupam Kiev.
Situada no leste, a proteção da cidade de Donestk já foi garantida pela Rússia,
pronta a zelar por seus "cidadãos e compatriotas".
Antes da declaração feita pelo ministério das
Relações Exteriores russo, acompanhada de manobras militares na região da
fronteira com a Ucrânia, muitos ucranianos se questionam se as demonstrações de
poder russas vão se restringir apenas à fronteira com a Crimeia.
A partir de agora, a ameaça se tornou mais clara.
Do lado ucraniano, a primeira reação consistiu em fazer o possível para evitar
separatistas pró-Rússia e simpatizantes da unidade do país.
2) Separação de Veneza da Itália: Os italianos de Veneza e de sua região votam nesta semana sobre
uma eventual independência do resto do país para formar sua própria nação.
Esta votação on-line,
organizada por partidos locais defensores da independência, não é legalmente
vinculante, mas tem o objetivo de obter apoio para um projeto de lei que
convocaria um referendo sobre se a região do Veneto deve se separar da Itália. A nova
República do Veneto estaria inspirada na antiga República de Veneza - uma rica
potência econômica, cultural e comercial que existiu do século VII até sua
conquista pelo poder de Napoleão, em 1797. O partido Indipendenza Veneta,
que patrocina este projeto de lei, afirma que o movimento separatista foi
fomentado pela aparente incapacidade do governo para colocar fim à corrupção e
proteger seus cidadãos da crescente recessão. "Queremos deixar de formar
parte de um país que está contra a parede. Nada mais funciona", afirmou
Nicola Gardin, deste partido. "A Itália está esmagada
pelo enorme nível da dívida pública, milhares de lojas fecharam, perdemos a
conta da quantidade de pessoas que se suicidaram em Veneto", protestou. A região paga 71 bilhões de
euros em impostos a Roma, 21 bilhões de euros a mais do que recebe em
investimentos e serviços. As
últimas pesquisas mostram que, das 3,8 milhões de pessoas habilitadas a votar
na região, aproximadamente 60% são favoráveis à independência. Os
organizadores desta pesquisa on-line, que termina na sexta-feira, disseram
esperar uma participação de dois milhões de eleitores. Apesar
dos protestos de que qualquer tentativa de secessão da Itália seria
inconstitucional, o governador da região do Veneto, Luca Zaia, declarou aos
meios de comunicação italianos que a secessão é uma opção em conformidade com a
legislação internacional.
3) Escócia e Irlanda em relação ao Reino Unido;
4) Catalunha em relação à Espanha;
5) Alsácia, Lotaríngia e Córsega em relação à França;
6) Flamengos em relação à Bélgica;
7) Quebec em relação ao Canadá;
Detalhe: Algumas fontes européias informam que este processo de autodeterminação das nações é fortemente incentivado por Bruxelas, pois esta divisão desses Países em Estados menores poderá aumentar consideravelmente a capacidade de direção da Europa unida. Então, o aparelho da UE conseguirá, finalmente, um papel real na política europeia comum e a Europa ficaria dividida em "principados feudais".
Veja abaixo as mudanças geopolíticas e territoriais ocorridas nestes últimos 1000 anos na Europa conforme uma produção da BBC:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=uQf-PZWFMzY
Esse mapa acima é uma lição de História em pouquíssimos minutos: mostra o quão efêmeros foram os grandes impérios e o quão variáveis foram as fronteiras ao longo de dez séculos. Percebam, entre muitos outros detalhes, imensidões que desapareceram, como o Império Otomano e a União Soviética, bem como a importância que teve, durante séculos, um país hoje minúsculo e parte da União Europeia — a Lituânia. Notem, também, como a Polônia é esticada e encolhida à medida em que o tempo passa. E que a Grã-Bretanha, incólume, resiste praticamente intocada à passagem do milênio, excetuada a independência da Irlanda, ocorrida em 1922.
Fonte: http://veja.abril.com.br/
Mais de vinte mil pessoas se reuniram na noite de domingo na praça de Lênin de Simferopol, capital da república separatista da Crimeia, para festejar a vitória da reunificação com a Rússia no referendo
Foto: AP
7) Quebec em relação ao Canadá;
Veja abaixo as mudanças geopolíticas e territoriais ocorridas nestes últimos 1000 anos na Europa conforme uma produção da BBC:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=uQf-PZWFMzY
Esse mapa acima é uma lição de História em pouquíssimos minutos: mostra o quão efêmeros foram os grandes impérios e o quão variáveis foram as fronteiras ao longo de dez séculos. Percebam, entre muitos outros detalhes, imensidões que desapareceram, como o Império Otomano e a União Soviética, bem como a importância que teve, durante séculos, um país hoje minúsculo e parte da União Europeia — a Lituânia. Notem, também, como a Polônia é esticada e encolhida à medida em que o tempo passa. E que a Grã-Bretanha, incólume, resiste praticamente intocada à passagem do milênio, excetuada a independência da Irlanda, ocorrida em 1922.
Fonte: http://veja.abril.com.br/
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