Comentário meu, de Carmem: A quem mesmo interessa uma guerra civil no Brasil?
A História do Brasil está aí pra nos ensinar que com certeza não interessa à maioria dos brasileiros e nem ao Regime Democrático de Direito, mas sim a muita gente até mesmo de fora do Brasil que sempre teve muito olho grande nas riquezas do Brasil, que querem sempre mercados pra vender as suas armas e costumam usar a velha tática de "dividir para conquistar" em prol da ambição desmedida de seus projetos de hegemonia política e territorial até mesmo intercontinental!
Se querem debater e mudar as coisas que partam para o plano das ideias e para os espaços políticos do poder legitimamente instituídos e constituídos, pois civilização evoluída faz assim e evita ao máximo e o quanto for possível não se viver feito um "bando de canibais" se destruindo e se comendo uns aos outros cada um só pensando em si mesmo e não no bem comum da nação!
Eu hein....
Confederação dos Tamoios
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conflitos na História do Brasil — Período Colonial |
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Movimentos Nativistas |
Aclamação de Amador Bueno: 1641 |
Revolta da Cachaça: 1660-1661 |
Conjuração de "Nosso Pai": 1666 |
Revolta de Beckman: 1684 |
Guerra dos Emboabas: 1708-1709 |
Revolta do Sal: 1710 |
Guerra dos Mascates: 1710-1711 |
Motins do Maneta: 1711 |
Revolta de Filipe dos Santos: 1720 |
Movimentos Emancipacionistas |
Inconfidência Mineira: 1789 |
Conjuração Carioca: 1794 |
Conjuração Baiana: 1796 |
Conspiração dos Suassunas: 1801 |
Revolução Pernambucana: 1817 |
Guerras indígenas |
Confederação dos Tamoios: 1555-1567 |
Guerra dos Aimorés: 1555-1673 |
Guerra dos Potiguares: 1586-1599 |
Levante dos Tupinambás: 1617-1621 |
Confederação dos Cariris: 1686-1692 |
Revolta de Mandu Ladino : 1712-1719 |
Guerra dos Manaus: 1723-1728 |
Resistência Guaicuru: 1725-1744 |
Guerrilha dos Muras: todo o século XVIII |
Guerra Guaranítica: 1753-1756 |
Confederação dos Tamoios é a denominação dada à revolta liderada pela nação indígena Tupinambá, que ocupava o litoral do Brasil entre Bertioga e Cabo Frio, envolvendo, também, tribos situadas ao longo do Vale do Paraíba, contra os colonizadores portugueses, entre 1556 e 1567, embora tenha-se notícia de incidentes desde 1554, com a fundação da vila de São Paulo de Piratininga.
Entre as práticas indígenas, estava a do cunhadismo,
pela qual um homem, ao se casar com uma mulher de uma determinada
tribo, passava a ser membro dessa mesma tribo. Aproveitando-se dessa
prática, João Ramalho, parceiro do governador da Capitania de São Vicente, Brás Cubas, casou-se com uma filha da tribo dos tupiniquins.
Através dessa parceria, João Ramalho angariou um grande número de
aliados para um ataque à aldeia dos tupinambás, na tentativa de
aprisioná-los e usá-los como mão de obra escrava. Eles capturaram o chefe da tribo, Cairuçu, e o mantiveram em um cativeiro no território do governador Brás Cubas.
Preso em péssimas condições de sobrevivência, o tupinambá Cairuçu acabou morrendo no cativeiro. Seu filho, Aimberê, de Uwa-ttybi,
assumiu o comando da tribo e declarou guerra aos colonos portugueses e à
tribo dos tupiniquins. Para fortalecer o levante, ele se reuniu com os
membros tupinambás Pindobuçu, de Iperoig, atual Ubatuba, e Cunhambebe (pai), de Angra dos Reis. Cunhambebe assumiu a liderança da Confederação dos Tamoios e conseguiu o apoio das tribos goitacás e aimorés.
Neste momento, os franceses estavam chegando no Rio de Janeiro, na
intenção de colonizar territórios pertencentes a Portugal e aos Tupis.
Para patrocinar o conflito contra os portugueses, o francês Villegaignon ajudou os tupinambás oferecendo armamentos a Cunhambebe. Porém, uma epidemia
dizimou alguns indígenas combatentes, inclusive o líder Cunhambebe,
enfraquecendo enormemente o levante. Aimberê continuou a revolta contra
os portugueses e fez o possível para que os tupiniquins lutassem a seu
favor. Ele fez contato com o líder Tibiriçá,
através do sobrinho Jagoaranhó, e marcou um encontro para selar a
confederação. Quando os tamoios chegaram na aldeia, Tibiriçá se declarou
fiel aos portugueses e matou seu sobrinho, suscitando uma investida que
dizimou grande parte da tribo dos guaianazes.
Apesar do armistício de Iperoig, em 1563, os combates continuaram. Em 1567, a chegada de Mem de Sá ao território do Rio de Janeiro provocou a derrota dos franceses e dos tamoios, encerrando o conflito.
A confederação dos Tamoios é relatada, em parte, nos escritos do mercenário alemão Hans Staden,
que foi prisioneiro dos tamoios em Uwa-ttybi, aldeia tupinambá que
ficava em algum ponto do litoral entre a Bertioga e o Rio de Janeiro
atuais, como descreve Hans Staden.
Índice
Origem do nome
O nome dessa confederação vem do vocábulo tupi antigo tamyîa (ou tamuîa), que significa "avô" ou "antepassados".[1]Povos envolvidos
Além das nações indígenas dos tupinambás, tupiniquins, aimorés e temiminós, estiveram envolvidos os colonizadores portugueses e os franceses. Estes últimos ocuparam a Baía de Guanabara, a partir de 1555, para, ali, estabelecer a colônia da França Antártica. O tempo de duração dessa colônia foi de 1554 a 1567.
Início das disputas
O governador da capitania de São Vicente, Brás Cubas, pretendia promover a colonização mediante a escravização de indígenas.
Entre as práticas indígenas, estava o cunhadismo, pela qual um homem,
ao se casar com uma mulher de uma determinada tribo, passava a ser
membro dessa mesma tribo. Por essa prática, João Ramalho, companheiro de Brás Cubas, desposou Mbici, também conhecida como Bartira, filha do chefe dos tupiniquins, o cacique Tibiriçá.
A colaboração dos tupiniquins com os portugueses resultou numa forte
aliança que possibilitou, entre outros eventos, a fundação da vila de São Paulo de Piratininga, em 1554, pelos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta e pelo cacique Tibiriçá.
A rivalidade entre as diferentes nações indígenas, associada à
necessidade de força de trabalho escravo para o empreendimento da
colonização, fez com que portugueses e tupiniquins se lançassem sobre os
tupinambás, atacando a aldeia do chefe tupinambá Cairuçu, sendo que
todos os tupinambás aprisionados foram levados às terras de Brás Cubas.
Com a morte de Cairuçu no cativeiro, seu filho, Aimberê, insuflou uma revolta e fuga do cativeiro, indo para as terras da capitania do Rio de Janeiro e constituindo o conhecido entrincheiramento de Uruçumirim, no outeiro da Glória, passando a ser o chefe da Confederação dos Tamoios junto com Cunhambebe.
A confederação
Aimberê, de Uwa-ttybi, reuniu-se onde hoje é Mangaratiba, no litoral oeste fluminense, com os demais chefes tupinambás: Pindobuçu, de Iperoig (atual Ubatuba); Koaquira, de Uyba-tyba (atual Ubatuba); Cunhambebe (pai), de Ariró (atual Angra dos Reis); e Guayxará, de Taquarassu-tyba. Sob a liderança de Cunhambebe e com o apoio de outras nações indígenas, como os Goitacá, os tupinambás organizaram uma aliança contra os tupiniquins e portugueses.
Os franceses forneceram, aos tupinambás, armas para o confronto,
visto que tinham interesse em ocupar a baía de Guanabara. Com a morte de
Cunhambebe (pai) durante uma epidemia, Aimberê passou a ser o líder da confederação.
A estratégia de Aimberê consistiu em ampliar ainda mais a
confederação, de modo a incluir o apoio dos tupiniquins. Para isso,
pediu a Jagoaranhó, chefe dos tupiniquins e sobrinho de Tibiriçá, que o
convencesse a deixar os portugueses e a se juntar à confederação.
- Embates e vitórias dos Tamoios
Tibiriçá deu a aparência de concordar com o sobrinho e propôs que a
confederação o encontrasse, a fim de desfecharem um ataque final contra
os portugueses. Entretanto, Tibiriçá permanecia fiel aos portugueses e,
quando os tamoios chegaram, matou seu sobrinho Jagoaranhó.
- A trégua obtida pelos jesuítas
Com a interferência dos jesuítas Nóbrega e Anchieta que ainda não era nem jesuíta e nem padre, no episódio conhecido como Armistício de Iperó-ig, foi selada uma trégua, em que os portugueses foram obrigados a libertar todos os indígenas escravizados.
- Fim da confederação
O fim da trégua conquistada em Iperoig (atual Ubatuba) se deu com o fortalecimento da colonização portuguesa, com os portugueses se lançando sobre as aldeias indígenas, matando e escravizando a população. Os tupinambás foram se retirando em direção à baía de Guanabara.
Contudo, em 1567, com a chegada de reforços para o capitão-mor Estácio de Sá, que fundara, dois anos antes, a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro,
iniciou-se a etapa final de expulsão dos franceses e de seus aliados
tamoios da Guanabara, tendo lugar a dizimação final dos tupinambás e a
morte de Aimberê quando da guerra de Cabo Frio.
Homenagens
Várias ruas, praias e estradas atuais do Brasil foram batizadas com o nome "Tamoios". Por exemplo, a rodovia dos Tamoios, que corta o litoral norte paulista, região que era habitada pelos tamoios. Ou também, algumas ruas da região de Perdizes, bairro da grande São Paulo, com nomes de Iperoig e Aimberê. Uma das ruas do Iguatemi (extremo da Zona Leste de São Paulo) empresta o nome desta revolta indígena.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_dos_Tamoios
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