Bilhões em
corrupção, sabotagens e conflitos: 'melhores momentos' de George Soros
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14:22 19.10.2017(atualizado 15:06
19.10.2017)URL
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Funcionários da Fundação Open Society (OSF) disseram ao Wall Street
Journal que George Soros transferiu uma considerável parte de sua riqueza para
a organização durante vários anos, embora o valor exato tenha permanecido em
segredo até terça-feira (17).
A revelação faz da OSF de Soros a segunda maior organização
"filantrópica" nos EUA, atrás da Fundação Bill e Melinda Gates.
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REUTERS/ LUKE MACGREGOR
A revelação deste enorme valor
assusta os opositores políticos e ideológicos de Soros. Nos Estados Unidos e em
todo o mundo, Soros e sua sociedade civil de concessão de fundos têm sido a
principal causadora de controvérsias relacionadas às tentativas de interferir
ou manipular as eleições democráticas e outros processos políticos através
do financiamento para "desenvolvimento da democracia”.
Estados Unidos
As críticas contra Soros incluíram acusações de que o bilionário tentou
"desestabilizar" o país durante as eleições de Donald Trump. No
mês passado, mais de 150 mil americanos assinaram uma petição da Casa Branca
para declarar Soros como terrorista doméstico e para retirar seus bens. A
petição, que afirma que Soros está usando sua riqueza para tentar
"facilitar o colapso do sistema e do governo constitucional" nos EUA,
ganhou resposta oficial da Casa Branca ao coletar mais de 50.000 assinaturas.
As iniciativas de Soros através da OSF incluem apoio financeiro para a
Media Matters for America, uma organização de supervisão de combate à
mídia conservadora. Durante a corrida presidencial de 2016, Soros apoiou
Hillary Clinton e o Partido Democrata, contribuindo oficialmente com mais de
US$ 10,5 milhões (R$ 33,3 milhões) para a campanha. O bilionário também apoiou
grupos republicanos neoconservadores como o Instituto McCain.
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PHOTO/ JOSE LUIS MAGANA
Mulheres com chapéus rosa e placas se reúnem em
protesto contra a presidência Donald Trump, no dia 21 de janeiro de 2017, em
Washington. No início deste ano, a mídia dos EUA informou que Soro contribuiu
com US$ 246 milhões para parceiros da Marcha das Mulheres
Europa Central e Oriental
O ódio sobre Soros por manipular a política local é ainda mais forte na
Hungria, seu país natal. No início deste mês, a Comissão Europeia emitiu um
ultimato sobre a organização não governamental e as leis de educação, que
restringem os grupos da sociedade civil financiados por Soros que operam na
Hungria. Bruxelas declarou que poderia vir a encaminhar o caso para o Tribunal
de Justiça da UE.
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REUTERS/ LASZLO BALOGH
O Primeiro-Ministro húngaro, Viktor Orban, fala
durante seu discurso sobre o estado da nação, em Budapeste, em 10 de fevereiro
de 2017. Entre os líderes mundiais, Orban é conhecido como um crítico assumido
de Soros
Anteriormente, os legisladores húngaros aprovaram uma lei que estipula
que as ONGs que recebem mais de 24 mil euros por ano devem divulgar seus
patrocinadores estrangeiros, bem como devem se registrar como organizações
patrocinadas por financiadores estrangeiros. A Universidade Centro-Europeia de
Budapeste, outra iniciativa financiada por Soros, destinada a treinar elites
políticas regionais, foi legalmente deixada de lado, depois de o governo ter
adiado sua licença. A universidade, anteriormente chamada de "Soros
University", acusou o próprio bilionário de incentivar a crise dos
refugiados da Europa para desestabilizar o continente.
Os grupos afiliados de Soros também
desempenharam um papel fundamental na turbulência na Ucrânia, que viu a
derrubada do governo democraticamente eleito de Viktor Yanukovych em fevereiro
de 2014. Em agosto de 2016, DC Leaks expôs “o envolvimento de Soros e suas
organizações no golpe”, que visam influenciar atores relutantes ocidentais para
se juntar à “democratização” e “ocidentalização” da antiga República soviética.
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SPUTNIK/ NIKOLAY LAZARENKO
O presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, (segundo
à esquerda) e George Soros (à direita), fundador e presidente da Open Society
Foundations, durante uma reunião em Kiev
A Rússia perdeu a paciência com Soros
e OSF dois anos atrás. Em julho de 2015, o Senado russo colocou a OSF na lista
de organizações cujas atividades ameaçam a segurança nacional da Rússia. A Open
Society Institute Assistance Foundation, outra organização de Soros, também foi
incluída na lista. Em novembro de 2015, o Ministério Público da Rússia incluiu
OSF em uma "lista de bloqueio" de ONGs internacionais, considerando
suas atividades como "ameaça aos fundamentos do sistema constitucional da
Federação da Rússia e à segurança do Estado". Antes da proibição, a OSF
tinha operado na Rússia por mais de duas décadas, gastando mais de US$ 100
milhões (R$ 317 milhões) em educação, desenvolvimento de Internet, ONGs e apoio
à mídia.
Participar de tudo
Soros e suas várias organizações foram
responsáveis por uma série de conflitos políticos em todo o mundo, desde o seu
suposto financiamento a catalães separatistas até influência no conflito ao
redor do povo rohingya em Myanmar.
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PHOTO/ KIN CHEUNG
Os ativistas afiliados de Soros
também foram acusados de envolvimento no incentivo da agitação política na
Polônia, promovendo interesses das elites da UE contra o governo conservador
polonês. Israel o acusou de enfraquecer a democracia e o culpou de ter tentado
expulsar o governo na Guiné Equatorial e de ter manipulado a política local na
Malásia antes das eleições de 2018. A OSF foi apontada por envolvimento
político em Montenegro e na Macedônia em meio à tentativa dos países de aderir
à UE e OTAN. Acredita-se também que Soros e seus aliados estejam fortemente
envolvidos na campanha para introdução de sansões cada vez mais fortes contra
Moscou por Washington.
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PHOTO/ CZAREK SOKOLOWSKI
Manifestantes, fora do escritório do líder Jaroslaw
Kaczynski, segurando bandeiras com imagens do empresário George Soros, do
presidente do Conselho Europeu Donald Tusk e do primeiro vice-presidente da
Comissão Européia, Frans Timmermans, durante um protesto em Varsóvia, em 26 de
julho de 2017
Visão de Soros: uma nova ordem mundial
(construída sobre especulação monetária)
©
AFP 2017/ ERIC PIERMONT
Os observadores acreditam que a razão
pela qual os grupos afiliados de Soros estão tão fortemente envolvidos na
política em todo o mundo, decorre da ideologia globalista do bilionário em prol
da "nova ordem mundial", conforme mencionado em seu livro, “A era da
falibilidade". Os críticos alertaram que, para alcançar seu objetivo,
Soros está disposto a comprar governos, pagar organizações internacionais para
espalhar valores anticonservadores, manipular moedas nacionais, incitar
agitações políticas e talvez o mais importante — gastar tempo e recursos
consideráveis para espalhar esses valores entre os jovens, particularmente nos
países em desenvolvimento.
Entre as maiores controvérsias ao redor de Soros e de suas
organizações está a fonte de sua fabulosa riqueza. O acordo de especulações
cambiais de 1992 do investidor, que forçou o Banco da Inglaterra a desvalorizar
a libra, resultou em um ganho lucrativo de bilhões de dólares. Desde então, ele
realizou semelhantes truques várias vezes, inclusive durante a crise financeira
asiática de 1997, quando apostou contra a moeda da Tailândia, resultando em seu
colapso. Em outras palavras, o "império filantrópico" de Soros não é
apenas questionável por si só, mas também enraizado em dinheiro sujo que trouxe
sofrimento para milhões de pessoas ao redor do mundo.
Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/201710199628032-corrupcao-soros-conflitos-acusacoes-sabotagens/
Vazamento
inédito: quase um terço dos deputados europeus têm ligações com Soros
© AP Photo/ Manuel Balce Ceneta
11:14 05.11.2017(atualizado 11:15
05.11.2017)URL
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Graças ao primeiro-ministro húngaro e ao seu partido, foi tornada
pública uma lista de políticos que trabalham para os interesses do financista
bilionário George Soros nas instituições europeias. O registro enumera os
membros do Parlamento Europeu que promovem projetos do magnata através de
emendas na legislação da UE.
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AFP 2017/ ERIC PIERMONT
A ideia de que o bilionário George
Soros estaria interferindo ativamente na política mundial e que poderá
controlar países inteiros geralmente foi considerada uma das típicas teorias da
conspiração.
No entanto, a questão veio à tona de novo quando o deputado Hollik
Istvan anunciou perante o parlamento húngaro que o financista já controla pelo
menos um terço dos deputados do Parlamento Europeu.
Istvan se baseou em um enorme registro de documentos internos de George
Soros, revelado pelo portal DCLeaks, que enumera os deputados europeus e
determina quem é patrocinado por organizações filiadas na Open Society
Foundation, entidade chefiada por Soros. No total, nessa lista aparecem 226 dos
751 deputados do Parlamento Europeu.
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Entre as ideias que se recomenda
promover estão a democracia, a igualdade social e a de gênero, a abertura das
fronteiras à imigração, a aproximação da Ucrânia à UE e, claro, a luta contra
quaisquer de seus laços com a Rússia.
Esta "rede" europeia da Open Society Foundation inclui
políticos de baixo calibre, mas também outros de grande peso, como o presidente
do Parlamento Europeu entre 2012 e 2017, Martin Schulz, o premiê da Bélgica
entre 1999 e 2008, Guy Verhofstadt, e o atual líder do grupo socialista europeu,
o italiano Gianni Pittella.
"A partir desses arquivos e
documentos, podemos descobrir que a rede de George Soros tem uma influência
significativa sobre os líderes da União Europeia residentes em Bruxelas",
disse o político aos deputados húngaros.
De acordo com os documentos, nas vésperas das eleições europeias de
2014, o financista doou 6 milhões de dólares (cerca de 20 milhões de reais) a
90 organizações não governamentais para que influenciassem a tomada de decisões
conforme a linha da fundação.
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REUTERS/ LUKE MACGREGOR
O caso mais recente foi protagonizado
pela Comissão das Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos (LIBE) do
Parlamento Europeu, que adotou uma proposta favorável à imigração apesar da
oposição do Grupo de Visegrad (Hungria, Polónia, República Tcheca e
Eslováquia).
A maioria dos membros da LIBE está na lista de Soros, observa o
político. Os documentos apontam para a contribuição especial de Sylvie Guillem,
dos socialdemocratas franceses, e de Jean Lambert, dos verdes britânicos, sendo
ambos ardentes promotores da reforma imigratória na UE que prevê uma maior
aceitação dos refugiados.
"O assassino em massa mais
procurado no Paquistão, acusado de 70 assassinatos pelas autoridades, foi
capturado na fronteira do sul da Hungria. Apesar disso, ele conseguiu receber o
status de refugiado na Grécia e chegar à fronteira com a Hungria", contou
Istvan com indignação.
Hollik Istvan é membro do movimento político Fidesz, do
primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban.
Já faz muito que o dirigente húngaro vem tentando combater os projetos
de interferência de Soros em seu país. Desde março de 2017, não cessam os
litígios para encerrar a Universidade Central Europeia, fundada graças ao
dinheiro de Soros em Budapeste e que formou várias gerações de elites políticas
da UE.
Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/201711059762955-soros-europa-parlamento-ligacoes-financiamento/
E, NO BRASIL...?
Quando, jovem e tardiamente, comecei a
interessar-me pelo que acontecia no Brasil e no mundo, era pela imprensa que eu
buscava informação e análise. Jornais, revistas e televisão eram as minhas
fontes. Se os meios de comunicação e os seus comentaristas eram disfarçadamente
parciais, política e ideologicamente engajados, tal me escapava. Tamanha era
força da imprensa e do mito da imparcialidade que leitores como eu, o leitor
médio, éramos incapazes de identificar qualquer viés político de esquerda no
conteúdo que nos era apresentado. O que lá estava escrito nas publicações ou
dito em imagens na tevê era, portanto, a representação fiel da realidade.
Com o passar dos anos, era natural que eu e tantos
outros achássemos que nossas opiniões individuais eram nossas e não, como de
fato eram, meras reproduções da posição política de jornalistas, comentaristas,
enfim, de toda a fauna conhecida como formadora de opinião.
Quando os diretores e operários de esquerda da
imprensa brasileira decidiam que tal e qual assunto deveria ser objeto de
exposição pública e debate, expunham-no de uma maneira que o conteúdo
direcionasse e definisse a opinião do leitor ou do espectador. Ao esconder-se
sob o falso manto da imparcialidade, a empresa jornalística enganava os seus
consumidores ao maquiar a forma de apresentar a informação e ao colocar
especialistas de esquerda que defendiam a sua visão de mundo como se ambas,
opinião e visão de mundo de esquerda, fossem a verdade e não a sua imitação
fraudulenta.
Se até poucos anos atrás essa postura passava
incólume, hoje, graças ao bom Deus, uma parcela cada vez mais numerosa da
sociedade brasileira está sendo exposta a essa imitação fraudulenta da verdade
empreendida por parte da grande imprensa e de organizações cada vez mais
atuantes naquilo que se chama de debate público, que nada mais é, como sempre
disse um amigo, debate publicado.
Os representantes dessas organizações têm uma
espécie de sala VIP em grandes jornais e emissoras de tevê. Não importa o que
digam e defendam, contam sempre com a valiosa ajuda dos grandes canais de
comunicação e assim também conseguem influenciar a produção artística das
empresas, como programas de auditório, séries e novelas. Dessa forma, o telespectador
é submetido a uma grade de programação revolucionária que gradualmente faz
cumprir o seu intento de destruir a imaginação moral, de mudar mentalidades e,
portanto, a sociedade.
Várias dessas entidades que gozam de prestígio na
tevê e na grande imprensa brasileira são financiadas por um bilionário
húngaro-americano que tem como objetivo promover uma engenharia social mundial
que atenda a sua agenda ideológica e empresarial. Para isso, George Soros não
economiza dinheiro nem esforços. Graças aos vazamentos de documentos feitos no
ano passado pelo Wikileaks e pelo DC Leaks
foi possível constatar a dimensão, ainda que parcial, dessa drenagem de
recursos para organizações, partidos e políticos de esquerda em várias partes
do mundo, dos Estados Unidos, passando pela Hungria até chegar ao Brasil.
Dias atrás, foi noticiado que Soros fez nos últimos
anos doações que somaram US$ 18 bilhões para a sua organização Open Society
Foundations, nome inspirado no famoso livro A Sociedade Aberta e os Seus
Inimigos (volumes 1 e 2), de Karl Popper, que deve
estar se revirando no túmulo em virtude da homenagem.
Até mesmo para Soros essa doação para a sua própria
fundação é algo impressionante e mostra a seriedade com que ele encara o
trabalho desenvolvido pela Open Society. Como salientou o jornal de esquerda The New York Times, foi uma das maiores doações de
dinheiro já feitas por um doador privado para uma única instituição nos Estados
Unidos. Isso significa que haverá verba ainda mais farta para as esquerdas
nativas potencializarem o trabalho revolucionário que já desenvolvem.
Nos Estados Unidos, há anos Soros é um dos maiores
doadores do Partido Democrata. Na eleição presidencial passada, investiu muito
dinheiro na campanha da candidata Hillary Clinton, que perdeu a eleição para
Donald Trump. A vitória de Trump acendeu o alerta vermelho da organização, que passou a trabalhar com um “novo senso de urgência”, segundo
disse ao New York Times o vice-presidente da entidade, Patrick Gaspard.
Aqueles
documentos vazados no ano passado pelos sites Wikileaks e DC Leaks que
eu mencionei mostraram o grau de influência de Soros sobre Hillary e o Partido
Democrata, que receberam ambos cerca de US$ 25 milhões do bilionário para a
eleição de 2016. Soros é, aliás, um dos maiores doadores de toda a carreira
política de Hillary.
Como esse tipo de apoio nunca sai de graça e quem
decide fazer o pacto uma hora terá de prestar contas a Mefistófeles (obrigado,
Goethe), um dos e-mails vazados revelou que Soros, mediante um
representante, enviou instruções a Hillary, então secretária de Estado do
governo de Barack Obama, para intervir na política da Albânia, país onde ele
tem negócios. Três dias depois da mensagem, o nome sugerido por Soros, Miroslav
Lajcak, foi enviado pela União Europeia para mediar o conflito entre os rivais
políticos albaneses.
Investindo o seu dinheiro de forma estratégica,
Soros também teria orientado políticos do Partido Democrata para fazer valer seus interesses dentro e fora dos Estados Unidos,
além de ter tentado manipular
eleições na Europa. Ainda segundo os documentos vazados, através da Open
Society, o bilionário financiou entidades em várias partes do mundo.
No Brasil e em outros países da América Latina, a
Open Society injeta cerca de US$ 37 milhões por ano. A Fundação Ford,
igualmente notória por financiar esquerdistas ao redor do mundo, destina US$ 25
milhões para organizações de esquerda de países latino-americanos.
Esse dinheiro só vai, porém, para iniciativas que
atendam o grande projeto global de revolução social financiado por Soros, o que
significa promover o aborto, a legalização das drogas e ataques sistemáticos a
todos os costumes, tradições e instituições sociais que de alguma maneira ainda
protegem a sociedade brasileira da ação revolucionária. Por isso, o apoio cada
vez maior a grupos que usam o termo “mídia independente” para desenvolver de
forma radical e inclusive pressionar o trabalho realizado pela grande imprensa.
Um desses projetos é a Mídia Ninja (Narrativas
Independentes, Jornalismo e Ação), que ficou conhecida nas manifestações de
2013 dizendo-se independente, mas que havia recebido US$ 80 mil da Open
Society. Vinculado ao Fora do Eixo, entidade chefiada por Pablo Capilé, a Mídia Ninja inaugurou
na semana passada a sua nova sede na região central de São Paulo. Para
legitimar seu trabalho, reuniu a fauna e a flora artística de esquerda. Foi
nesse evento que Caetano Veloso tentou ser humorista: “Algum conservadorismo é
necessário. Pode não ser desejável, mas é necessário”. O cantor e compositor
inaugurou com a frase um novo ofício: bedel do conservadorismo pátrio – mesmo
que ele não faça ideia do que seja conservadorismo.
Outra entidade que atua na seara da produção de
conteúdo é a Agência Pública, do esquerdista Leonardo Sakamoto, que em cinco
anos recebeu mais de R$ 1 milhão da Open Society. É com os dólares de Soros que
a Agência Pública diz realizar um “modelo de jornalismo
sem fins lucrativos para manter a independência”. Independência similar à
da Mídia Ninja. Sakamoto é autor da célebre frase metafísica: “o que define uma mulher não é o que ela tem ou teve entre as
pernas”.
Mas nessa relação entre imprensa, tevê e
organizações financiadas por George Soros, destaca-se Ronaldo Lemos,
comentarista da Globonews, cofundador e diretor do Instituto de Tecnologia e
Sociedade do Rio (ITS Rio). O ITS Rio recebeu da Open Society US$ 350 mil entre
2014 e 2015. Lemos foi talvez o nome mais conhecido na elaboração e defesa do Marco
Civil da Internet, que abriu a possibilidade de regulação e de controle pelo
Estado e que foi usado pela Justiça como fundamento jurídico para suspender o
aplicativo WhatsApp.
Outro destaque é a também comentarista da Globonews
(e voz cada vez mais conhecida na defesa da legalização das drogas) Ilona Szabó
de Carvalho, diretora-executiva e coordenadora do Programa de Políticas sobre
Drogas do Instituto Igarapé. Também financiado pela Open Society, o Igarapé
recebeu mais de R$ 670 mil entre 2014 e 2015.
Em abril de 2015, aliás, houve um evento simbólico dessa relação: Ilona organizou junto com
Pedro Abramovay, sobre quem falarei mais adiante, um jantar para George Soros
no apartamento do casal Florencia Fontan Balestra e Fabiano Robalinho
Cavalcanti, ambos do Instituto Igarapé. O encontro reuniu o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, Jorge Paulo Lemann (3G Capital), David Feffer (Grupo
Suzano), Celso Lafer (advogado e professor), Guilherme Leal (Natura), Ricardo
Marino (Itaú-Unibanco), Olavo Monteiro de Carvalho (Grupo Monteiro Aranha),
Luciano Huck, Carlos Jereissati (Grupo Jereissati), Raphael Klein (Casas Bahia
e Kviv Ventures) e Beatriz Gerdau (Grupo Gerdau). Nesse jantar no Rio de
Janeiro, Soros falou sobre a cultura da filantropia, o que significa que ele
falou sobre a sua cultura de filantropia para pessoas muito influentes e
com muito dinheiro. Além disso, ele participou de um seminário sobre drogas.
Ainda sobre o ITS Rio, junto com Ronaldo Lemos
integram a equipe Eliane Costa, que foi gerente de patrocínio da Petrobras
de 2003 a 2012 (ou seja, durante todo o governo Lula); Lucia Nader, que é Fellow
da Open Society; e Ana Toni, que integra o conselho editorial do jornal
socialista Le Monde Diplomatique Brasil e que atuou como diretora da
Fundação Ford no Brasil de 2003 a 2011 (quase o mesmo período em que sua colega
trabalhou na Petrobras).
A drenagem dos recursos de Soros também alimenta
entidades criadas por aquelas já financiadas pela Open Society. O ITS Rio, por
exemplo, criou o site Mudamos.org, que recebe dinheiro de Soros e orgulha-se de
ter participado da criação do Marco Civil da Internet. O dinheiro entra por
vários canais, mas converge para o mesmo duto. O idealizador do Mudamos.org é o
sociólogo socialista Luiz Eduardo Soares. Ele foi secretário de Segurança
Pública do governo Anthony Garotinho, no Rio de Janeiro, e secretário nacional
de Segurança Pública do governo Lula, além de coautor do livro Elite da
Tropa, que serviu de base para o filme Tropa de Elite. Soares é
notório defensor da desmilitarização da Polícia Militar e da descriminalização
das drogas, cuja proibição tem como consequência, segundo ele, “a criminalização da pobreza, sem reduzir a criminalidade ou o
consumo de drogas”. Se a pobreza é criminalizada em função da proibição, o
sociólogo está dizendo que os pobres são criminalizados por envolvimento com as
drogas? Não seria esta uma posição altamente preconceituosa e falsa de alguém que se equilibra entre Karl Marx e Michel Foucault?
Outras organizações que receberam dinheiro de Soros
para influenciar a sociedade brasileira para liberação das drogas foram o
Movimento Viva Rio, que entre 2009 e 2014 recebeu US$ 107 mil para atuar na
defesa da liberação das drogas; e o Instituto Fernando Henrique Cardoso, que
recebeu US$ 111.220 entre 2015 e 2016. O ex-presidente tornou-se a voz mais
famosa a defender a legalização.
Há ainda o Instituto Arapyaú, fundado por Guilherme
Leal, um dos donos da empresa Natura e que, em 2010, foi candidato a
vice-presidente de Marina Silva, que foi petista por 24 anos até pedir para
sair em 2009. Um dos membros do conselho de governança é o petista Oded Grajew,
idealizador do Fórum Social Mundial (a disneylândia do socialismo latinoamericano),
ex-assessor especial do presidente Lula e coordenador-geral da Rede Nossa São
Paulo, que recebeu US$ 500 mil da Open Society em 2014 e 2015.
A lista vai além. O projeto Alerta Democrático, que
recebeu US$ 512.438 em 2014 da Open Society Foundations, tem na sua equipe
o já citado petista Pedro Abramovay, que trabalhou no Ministério da Justiça nos
governos Lula e Dilma e que é, vejam só, Diretor Regional para América Latina e
Caribe da própria Open Society. Abramovay também foi diretor no Brasil do site
de petições Avaaz, que ele definiu “como um movimento que tem princípios”,
não uma rede social ou “um espaço neutro”. Por isso, só aceita petições de
causas afeitas à ideologia e retira do ar qualquer petição que vá “contra os princípios do movimento”. Outro integrante
da equipe do Alerta Democrático é o ex-BBB Jean
Wyllys, que usa o seu mandato de deputado federal para fazer valer o
projeto de engenharia social mediante mudança de comportamentos de cima para
baixo pela ação do Estado.
O financiamento de organizações socialistas e
comunistas por uma certa elite econômica nem é uma novidade histórica: os
revolucionários russos foram financiados por grandes empresários para fazerem a
revolução de 1917; os nazistas foram financiados por grandes empresários para
conquistarem o poder em 1932; os petistas foram financiados por grandes
empresários até conquistarem o governo federal em 2002 (a Operação Lava Jato
apresenta cada dia mais a dimensão, por ora incalculável, desse financiamento).
A agenda de Soros e a das organizações de esquerda
é uma só ou converge em muitos pontos, a depender da organização e do país onde
está sediada. O bilionário financia projetos que se coadunam com sua visão
revolucionária de mundo; os revolucionários aceitam a doação porque o dinheiro
financia o seu projeto revolucionário de mudar o mundo.
O primeiro a denunciar o projeto global de Soros
via financiamento de organizações de esquerda foi o professor Olavo de
Carvalho, a partir do fim da década de 1990. Muitos artigos sobre o tema foram
publicados no jornal O Globo e depois reunidos no livro O mínimo que você precisa
saber para não ser um idiota, organizado por Felipe Moura
Brasil e publicado pela Editora Record.
E por que Soros faz o que faz?
Algumas respostas foram dadas pelo autor de Por trás da Máscara,
Flavio Morgenstern, no podcast do site Senso Incomum, e pelo também colunista da Gazeta
do Povo Alexandre Borges:
“Soros é, possivelmente, o indivíduo sem cargo
eletivo mais influente do mundo. (…)
George Soros se vê como um missionário das próprias
utopias e não conhece limites para usar sua fortuna quase sem paralelo para
influenciar a política, a imprensa e a opinião pública em diversos países,
especialmente os EUA. Como ele mesmo disse, ‘minha principal diferença de
outros com uma quantidade de recursos acumulados parecida com a minha é que não
tenho muito uso pessoal para o dinheiro, meu principal interesse é em ideias.
(…)
A Open Society é uma ONG bilionária destinada a
influenciar a opinião pública e a política no mundo. Ela está presente em mais
de 70 países é tão poderosa que, em alguns regimes, é considerada um ‘governo
informal’. Nos EUA, mantém o poderosíssimo Media Matters, que dá o tom de
praticamente toda a imprensa americana, além de ser o principal financiador do The Huffington Post, um ícone
da esquerda mundial.
(…)
O número de fundações, ONGs, sindicatos e veículos
de comunicação que recebem dinheiro de George Soros ou de suas fundações é tão
vasto que só um incansável pesquisador como David Horowitz para catalogar e
publicar no seu portal Discover the Networks. Se você tiver curiosidade, é só clicar aqui.”
Depois de descobrir qual é a agenda dessas
organizações, quem as representa e as financia, e a influência que exercem na
política, na economia e na opinião pública no Brasil, cabe a você refletir se
aquilo que você pensa sobre desarmamento, liberação das drogas,
desmilitarização da PM, democracia e outros temas é o resultado de uma análise
genuína baseada em informações precisas ou uma mera repetição de discursos
ideológicos previamente criados por esses revolucionários financiados pelo
grande capital que costumam criticar.
Porque as agendas políticas que hoje despertam
paixões, que provocam “polêmicas” e discussões nas redes sociais são muitas
vezes o resultado de um trabalho muito bem articulado de instituições e
personagens que nem sempre aparecem ou que aparecem como especialistas
imparciais. Convém ter isso em mente e estar sempre alerta antes de defender
determinadas posições e de agir como inocente útil de uma ideologia e de um
projeto político tão ocultos quanto infames. Não se enganem: hoje, em qualquer
canto onde haja um projeto revolucionário, George Soros está lá.
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