CIÊNCIAS SOCIAIS

CIÊNCIAS SOCIAIS

24 de mar. de 2016

PARA REFLETIR....

DEMOCRACIA, PLUTOCRACIA E CLEPTOCRACIA

Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.
O termo origina-se do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou "governo do povo"),[1] que foi criado a partir δῆμος (demos ou "povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século V a.C. para denotar os sistemas políticos então existentes em cidades-Estados gregas, principalmente Atenas; o termo é um antônimo para ἀριστοκρατία (aristokratia ou "regime de uma aristocracia" como seu nome indica). Embora, teoricamente, estas definições sejam opostas, na prática, a distinção entre elas foi obscurecida historicamente.[2] No sistema político da Atenas Clássica, por exemplo, a cidadania democrática abrangia apenas homens, filhos de pai e mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos, enquanto estrangeiros, escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação política. Em praticamente todos os governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a cidadania democrática valia apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação completa foi conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das democracias modernas através de movimentos por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.
O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder é detido por uma pessoa — como em uma monarquia absoluta — ou em que o poder é mantido por um pequeno número de indivíduos — como em uma oligarquia. No entanto, essas oposições, herdadas da filosofia grega,[3] são agora ambíguas porque os governos contemporâneos têm misturado elementos democráticos, oligárquicos e monárquicos em seus sistemas políticos. Karl Popper definiu a democracia em contraste com ditadura ou tirania, privilegiando, assim, oportunidades para as pessoas de controlar seus líderes e de tirá-los do cargo sem a necessidade de uma revolução.[4]
Diversas variantes de democracias existem no mundo, mas há duas formas básicas, sendo que ambas dizem respeito a como o corpo inteiro de todos os cidadãos elegíveis executam a sua vontade. Uma das formas de democracia é a democracia direta, em que todos os cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na tomada de decisões do governo. Na maioria das democracias modernas, todo o corpo de cidadãos elegíveis permanece com o poder soberano, mas o poder político é exercido indiretamente por meio de representantes eleitos, o que é chamado de democracia representativa. O conceito de democracia representativa surgiu em grande parte a partir de ideias e instituições que se desenvolveram durante períodos históricos como a Idade Média europeia, a Reforma Protestante, o Iluminismo e as revoluções Americana e Francesa.[5]

 _______________________________


Proveniente do grego, a palavra Plutocracia significa governo da riqueza, ou seja, trata-se de um sistema político em que o poder está concentrado nas mãos dos indivíduos que são detentores das fontes de riqueza da sociedade.
A Plutocracia pode ser vista, em alguns casos, como uma forma de oligarquia, na medida em que grupos se organizam e se articulam para manterem-se no poder. Controlando o governo. De toda forma, a Plutocracia exerce presença real quando os representantes políticos atendem interesses apenas daqueles que os apoiaram no financeiramente no processo eleitoral, deixando de ser o cargo político uma representação do povo. Deste modo, o financiador exerce controle sobre as ações do representante.
Naturalmente, a Plutocracia é um conceito, não um tipo de poder institucionalizado de maneira oficial. Porém pode ser muito presente. O que acontece comumente é o financiamento de agentes políticos por pessoas ou grupos detentores de poder econômico. Assim, a Plutocracia é mais uma das situações políticas que podem existir dentro de um sistema político vigente. Como é o caso também da Cleptocracia, na qual o governo é gerido por indivíduos que se utilizavam da representatividade pública para construir riqueza. Literalmente, a Cleptocracia significa governo de ladrões, tendo em vista que a corrupção é elemento sempre presente.
A maior expressão da Plutocracia, atualmente, diz respeito ao financiamento de partidos políticos no processo eleitoral. Só que esse financiamento é feito de forma irregular e pode causar a formação de um holding empresarial que se reflete em um clientelismo político. Para evitar que se haja uma ligação direta entre Democracia e Plutocracia é preciso que a legislação em torno do financiamento de partidos seja forte e adequada para evitar que os detentores de poder econômico exercem influência determinante sobre a ação dos financiados. A Democracia pode permitir o financiamento de partidos políticos, mas deve afastar o predomínio dos grupos mais ricos, que, do ponto de vista social, acarreta no aumento da desigualdade, já que permite pouca mobilidade social.

 
 _______________________________________


Cleptocracia é um termo que designa um Estado governado por ladrões.
Desde Heródoto, na Grécia Antiga, que o homem sonha com um governo perfeitamente democrático. Ou seja, um Estado, um território ou uma nação com um governo tão eficiente e honesto que chega a ser uma utopia. Em função disso, são vários os textos na História Antiga, na História Medieval e na História Moderna que fazem referência a lugares utópicos, como A Cidade do Sol de Tomasso Campanella e a Utopia de Tomas Morus. Dois lugares inexistentes que a vida seria tão bem gerida que não haveria problemas sociais ou políticos. Mas é claro que lugares assim são, se não impossíveis, pelo menos muito improváveis, já que homens possuem interesses que, mesquinhos ou não, são suficientes para causar grandes desavenças e romper com qualquer possibilidade de equilíbrio em uma sociedade.
Infelizmente, para nós e para toda a humanidade desde a época de Heródoto, a utopia do governo plutocrático possui uma expressão bem real e tangível de seu oposto, o governo cleptocrático. Na Cleptocracia o Estado torna-se uma máquina de extração de renda e, ainda por cima, por meios ilegais. Isso quer dizer que, além da arrecadação de impostos, taxas e tributos que os Estados cobram para acúmulo legal de renda, os indivíduos que formam a máquina administrativa ainda fazem uso benéfico de suas posições para enriquecimento próprio. Não é por menos que o significado literal do termo Cleptocracia é justamente Estado governado por ladrões.
A ciência política nos explica que todos os Estados tendem a se tornar cleptocratas na ausência de manifestação da sociedade. Enquanto isso, os economistas argumentam que o capital social da sociedade é forte elemento para impedir a instauração de tal governo cleptocrático. Atingindo seu estágio pleno, a Cleptocracia substitui o Estado de Direito e fica nas mãos dos indivíduos que se apropriam do poder público através de diversos níveis para construir poder econômico. Plenitude que se completa pela captura do sistema público governamental pela corrupção política.
Fonte: http://www.infoescola.com/formas-de-governo/cleptocracia-2/

Nenhum comentário:

Postar um comentário