CIÊNCIAS SOCIAIS

CIÊNCIAS SOCIAIS

31 de dez. de 2011

FELIZ 2012 PARA TODOS(AS) OS POVOS E NAÇÕES DA TERRA...

Paz, peace, fred, frieden, мир, ειρήνη, pace, शांति, la paix, 和平的, سلام, vrede, שלום, etc...

Um 2012 repleto de saúde, paz, sucesso e prosperidade para todos(as) os(as) leitores(as) deste blog no Brasil e nos diversos Países que o acompanham...

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". (Isaías 9:6).

PARABÉNS À DEPUTADA CIDINHA CAMPOS PELA CORAGEM...

Realmente, o burro e os cachorros da postagem anterior deste nosso blog têm razão...
Enquanto o cidadão brasileiro honesto tem que estudar bastante para fazer um concurso público para ocupar um cargo público (concurso este que é bastante difícil e chama poucos aprovados), veja para o que tem servido os TCE e TCU do sistema judiciário brasileiro:

6 de dez. de 2011

RETIRANDO DO BAÚ-10: HÁ MAIS DE DOIS MIL ANOS A CRISTANDADE COMEMORA O NATAL...MAS, SERÁ QUE REALMENTE CELEBRA O VERDADEIRO ANIVERSARIANTE?

NATAL: COMUNHÃO E CONFRATERNIZAÇÃO COM DEUS, COM A HUMANIDADE E COM A NATUREZA...

Hoje, gostaríamos de refletir sobre o Natal...
Nas Sagradas Escrituras Judaico-Cristãs (Antigo e Novo Testamento) o Natal chama-se Festa dos Tabernáculos (que ocorre em Set/Out, pelo Calendário Lunar Judaico), sendo por isso que JESUS CRISTO identificou-se com a razão de ser dessa festa como está descrito no Evangelho segundo João (Levítico 23: 33 – 44; Evangelho de João 7).
Então, qual o significado sagrado do Natal?
Quando DEUS revelou a Festa dos Tabernáculos para que Moisés a ensinasse à humanidade, também lhe disse o modo de celebração e significado da mesma assim como das demais Festas Solenes, portanto, a Festa dos Tabernáculos (Natal) deveria:
a) Ser comemorada por sete dias, tendo dois sábados de descanso;
b) Ser uma festa para se ter a oportunidade de oferecer dádivas para DEUS, trazendo sacrifícios, cereais e frutos da Terra, e não uma festa para ser corrompida, profanada e vulgarizada pela sua transformação numa festa de orgias, bebedeiras e idolatrias a “papai” Noel, a uma árvore com presentes e ao comércio!
c) Ser uma festa de alegria e comunhão entre as pessoas, ornamentada com frutos de árvores formosas, folhas de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras;
d) Ser uma festa onde, por sete dias, as pessoas que a comemorassem habitassem em tendas.
Assim, a Festa dos Tabernáculos consiste, portanto, numa época onde precisamos lembrar e refletir sobre algumas coisas acerca do Natal:
a) Tem sido o Natal para nós um momento de encontrarmos descanso em DEUS?
b) Temos oferecido a DEUS nessa época ofertas que demonstram a nossa obediência e gratidão pelas Suas bênçãos? Lembremos que o SENHOR JESUS CRISTO nos diz que saciar a fome e a sede de alguém, acolher as pessoas, vestir ao que está nu e visitar os enfermos e presos, também são ofertas de sacrifícios e dádivas que DEUS aceita como se estivesse ELE mesmo recebendo (Mateus 25: 31 – 40).
c) Temos verdadeiramente nos alegrado em comunhão diante de DEUS pelas Suas bênçãos, inclusive pela benção da Terra com toda a beleza e utilidade dos seus recursos naturais os quais devemos preservar e conservar usando-os de forma correta e como elementos nas celebrações de louvor e adoração ao Criador do Universo?
d) Tem sido o Natal um momento para sairmos de nossas estruturas construídas (artificiais) e, vivermos e desfrutarmos da vida natural, com genuíno amor sendo assim um momento de encontro com a natureza criada por DEUS e não apenas um momento de formalidade religiosa e familiar?
A história do Natal também me faz lembrar uma bela história que certa vez ouvi: a história das três árvores...
Conta-se que certa vez três árvores estavam a conversar entre elas acerca do que elas gostariam de ser transformadas quando fossem cortadas:
- a primeira disse: “quando eu for cortada eu gostaria de ser transformada num lindo baú para guardar o tesouro mais precioso da Terra”;
- a segunda disse: “bem, quando eu for cortada eu gostaria de me tornar num majestoso navio para carregar reis e nobres”;
- a terceira então disse: “quando eu for cortada, eu quero ser transformada em algo que todas as pessoas do Universo todas as vezes que olharem para mim se lembrem do nosso Criador”!
Então, um dia chegou o momento das árvores serem cortadas:
- a primeira árvore ficou bastante irritada e envergonhada ao se ver transformada numa manjedoura (cocho) para animais, porém, num significativo dia da eternidade, percebeu que o seu desejo havia sido atendido, pois nela colocaram um bebê do qual os anjos cantaram “ Glória a DEUS nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens a quem ELE quer bem” e sobre o qual três sábios depositaram aos seus pés ouro, incenso e mirra, declarando assim a sua realeza, divindade e sacerdócio eterno;
- a segunda árvore também ficou bastante triste e decepcionada, pois se tornou num simples barco de pesca, mas, um dia, ficou impressionada e maravilhada ao perceber o seu desejo cumprido ao ver subir sobre ela Alguém com uma majestade divina, que no decorrer de cerca de três anos operou sinais e maravilhas na Terra, pois demonstrou poder de controle sobre as forças da natureza acalmando os ventos e a tempestade e andando por cima das águas, tendo inclusive curado as pessoas, ressuscitado os mortos, multiplicado alimentos para milhares de pessoas e transformado água em vinho de primeira qualidade;
- a terceira árvore no início sentiu-se bastante humilhada e ridícula, pois ao ter sido cortada foi transformada em duas traves e colocada num local escuro e, então, num dia horrível, percebeu a entrada de uns rudes soldados que a pegaram e a transformaram numa cruz a qual foi utilizada para ser instrumento de tortura e morte de Alguém que as pessoas de boa vontade chamavam de inocente e Filho de DEUS, porém, após o terceiro dia daquele dia horrível ela percebeu que o seu desejo fora cumprido, pois para sempre, por toda a eternidade, em todo o Universo quando todas as pessoas olharem para ela se lembrarão que um dia o Criador de todo este Universo se fez homem para nos re-ligar com ELE e nos levar de volta para ELE mesmo através da entrega de sua vida morrendo sobre ela...
Que cada vez mais o Natal seja verdadeiramente um momento solene em nossas vidas onde realmente estejamos mais próximos(as) de DEUS, de nosso semelhante e da natureza criada por ELE, em comunhão e confraternização universal com todas as pessoas de boa vontade, e, jamais nos esqueçamos que, com certeza, o sangue inocente derramado de cada um que ama e trabalha pela verdadeira paz, seja no Oriente Médio, na África e até os confins da Terra não é, nunca foi e jamais será em vão...
Acsa.
Fonte: http://acsa-multidimensional.blogspot.com/

30 de nov. de 2011

AUMENTA O NÚMERO DE "MULHERES TALIBÃS" ISRAELENSES...

Cresce o número de mulheres judias israelenses que seguem os preceitos de uma seita radical e andam cobertas da cabeça aos pés "para preservar a decência". A maneira de se vestir das mulheres da seita cobertas da cabeça aos pés, lembra a burqa usada no Afganistão, e daí vem o apelido de "mulheres-talibã", pelo qual ficaram conhecidas na imprensa israelense.
No entanto, para elas a burqa não é "decente" o suficiente, pois com apenas uma camada de roupa, deixa entrever as curvas do corpo da mulher. Segundo a seita, também conhecida como "mulheres dos xales", para evitar tornar-se uma "tentação para os homens", a mulher deve vestir-se com dezenas de camadas de xales, de modo a tornar-se uma montanha de panos disforme para que as curvas de seu corpo não transpareçam.
A seita foi fundada há cerca de 5 anos pela rabina Bruria Keren, na cidade de Beit Shemesh, perto de Jerusalém. Há 3 anos, Keren foi presa por abusar de seus 12 filhos e condenada a 4 anos e meio de prisão. A rabina, que foi acusada de maltratos às crianças, alegou que "queria educá-las segundo os preceitos da modéstia".
Na liderança da seita ela foi substituída por outras mulheres que a consideram "santa" e seguem seus ensinamentos.
Desafio
O número de mulheres que aderiram à seita está crescendo e, segundo as avaliações, já chega a mais de mil. Elas próprias afirmam que já são mais de 10 mil. Elas vivem principalmente nas cidades de Jerusalém, Beit Shemesh e Elad, onde há grandes concentrações de judeus ultraortodoxos.
No entanto os próprios ultraortodoxos veem o fenômeno como um desafio aos preceitos da religião judaica, afirmando que essas mulheres "foram longe demais". Segundo os preceitos da seita, as meninas também devem andar totalmente encobertas desde pequenas.
Para o rabino reformista Arik Asherman, os preceitos da seita "não fazem parte do judaísmo". "Não conheço tradição alguma dentro do judaísmo que defenda tal ocultação da mulher e considero problemática a imposição desses preceitos às crianças", disse Asherman à BBC Brasil.
De acordo com o rabino, o preceito da modéstia faz parte da tradição do judaismo, mas uma interpretação tão radical "não tem precedentes".
O crescente número de comunidades de mulheres adeptas da seita também preocupa o Ministério da Educação de Israel, pois elas não concordam em matricular os filhos nas escolas públicas e os educam dentro das comunidades, sem qualquer controle do Estado.
Para a seita, a ocultação total da mulher é o preceito principal e deverá acelerar a "salvação do povo de Israel". Elas se reúnem e estudam maneiras de ocultar o corpo, inclusive os olhos e os cabelos, para evitar que "até as paredes os vejam".
"Aprimorando" a ocultação
Em um vídeo filmado clandestinamente por uma jornalista que se infiltrou na seita disfarçando-se de simpatizante, se pode ver diversas maneiras como as integrantes "aprimoram" a ocultação de si mesmas.
Elas costumam se pentear embaixo dos panos, mesmo quando estão sozinhas, e raramente tomam banho, pois a operação acaba sendo extremamente complicada com todas as camadas de panos que as encobrem. De acordo com a diretora da prisão onde se encontra a rabina Keren, o hábito de tomar poucos banhos é a razão principal pela qual ela é mantida em uma cela individual.
A cobertura total dos olhos faz com que as mulheres da seita não enxerguem por onde andam e, para poder se locomover, geralmente utilizam seus filhos como guias.
Para o rabino Uri Regev, presidente da ONG Hidush, em prol da liberdade religiosa e da igualdade, "o crescimento de um grupo fundamentalista como a seita das mulheres de xale, faz parte do processo geral de radicalização do público religioso em Israel".
Fonte: Terra Notícias

Comentário: Como os seres humanos complicam as coisas! O Evangelho é tão simples! É incrível pensar que mesmo após 2.000 anos de DEUS ter enviado Seu Filho para ensinar o caminho para a humanidade se re-ligar a ELE ainda existam pessoas e religiões que em pleno século XXI continuam a complicar as coisas, etc. E isto acontece com seres humanos que inicialmente viviam nus num lindo Jardim(Éden). Imaginem só se DEUS tivesse criado as pessoas com roupas! Cada pessoa deve desenvolver o domínio próprio! A maldade está nos olhos, no coração e na mente de quem olha, logo, tanto faz alguém estar nú ou vestido, pois como o próprio Evangelho nos ensina, para quem é impuro de olhos, mente e coração tudo é impuro e existe maldade em tudo...

29 de nov. de 2011

MULHERES DE JERUSALÉM LUTAM CONTRA EXCLUSÃO SOCIAL...

29 de novembro de 2011 • 10h02 • Notícia

As mulheres de Jerusalém se esforçam para recuperar sua presença no espaço público da cidade, do qual foram expulsas pouco a pouco pela pressão ultrarreligiosa dos judeus.
Nesta cidade dividida pela religião, as linhas de ônibus são segregadas, obrigando as mulheres a viajar na parte traseira dos carros e, em determinados bairros ortodoxos, sua presença é limitada a calçadas diferentes. Também quase não há publicidade que exiba rostos ou corpos femininos e, além disso, cartazes as orientam a se vestir "com modéstia".
Esta exclusão do convívio público, bem como a proibição do uso de calças e a imposição do véu que cobre cabeça e ombros, cresce no lado ocidental de Jerusalém em paralelo com o aumento do poder dos partidos religiosos judeus na esfera política.
Recentemente, a mídia local denunciou a existência de supermercados e clínicas com horários diferentes para homens e mulheres, a fim de evitar qualquer tipo de contato que possa levar a tentações pecaminosas.
"Os haredi (ultraortodoxos) exercem muita pressão para que as mulheres não sejam mais vistas e exigem a segregação em todos os lugares. São muito extremistas, mas por enquanto, a Polícia não deixa que se imponham", explica à Agência Efe Peggy Cidor, membro da organização feminista judaica religiosa Mulheres do Muro.
"Os religiosos modernos são muitos e são integrados na sociedade: nos tribunais, Governo, Exército, mundo acadêmico e cultural... Não vivem em bairros e cidades separadas, como os ultraortodoxos. Têm muita influência e são radicais com as mulheres, teremos um problema muito sério", acrescenta Peggy.
Para a estudante do Talmude, livro que reúne leis e costumes judaicos, esta segregação "não está baseada em nenhum preceito ou lei judaica, mas no extremismo machista e no ódio às mulheres". Na luta contra esta tendência, as mulheres começaram a se reunir em organizações para reafirmar seus direitos de igualdade com os homens. "Não queremos viver como em Teerã", disse.
Como parte do protesto, realizaram manifestações nas quais cantaram nas ruas e colaram cartazes com fotos de mulheres comuns por toda a cidade, alguns dos quais foram arrancados pelos religiosos, que os consideraram uma provocação.
Rachel Azaria, membro do Conselho da Prefeitura de Jerusalém que se opôs na Corte Suprema contra a segregação de gênero nas ruas do bairro central Mea Shearim, comemora que "as mulheres finalmente estejam se unindo" e exigindo solução para este fenômeno que afeta as comunidades religiosas.
"Faz um ano que vigiamos os cartazes publicitários da cidade. As mulheres praticamente desapareceram: não estão em 99% (dos cartazes) e cada vez aparecem menos cantando nos eventos da Prefeitura", explica o rabino de ideias liberais, Uri Ayalon.
Ayalon é fundador do movimento Yerushalmi, que lidera os protestos contra a exclusão feminina em Jerusalém, reunindo duas mil pessoas na página do Facebook "Não censuradas", com o objetivo de devolver as mulheres à paisagem urbana de Jerusalém.
"Os anunciantes preferem não utilizar mulheres porque temem ofender os religiosos, e que eles danifiquem os cartazes. Chegamos a um ponto em que nem mesmo as cantoras saem nos cartazes que divulgam seus discos", acrescenta.
Em outubro, a organização afixou cartazes com fotos de mulheres em diversos pontos da cidade, como arma para que "não sejam os extremistas que definam se imagens que podem estar na via pública". Para reivindicar seu espaço, bailarinas da companhia de dança Kolben, atuarão na tarde desta segunda-feira em uma rua do centro da cidade.
A companhia anunciou que manterá abertas as cortinas de seu salão de ensaios, até agora fechadas para impedir que suas alunas fossem vistas no "pouco decoroso" ato de dançar e ofendessem os mais religiosos.
Fonte: Terra Notícias.
Comentário: Em qualquer lugar do mundo o extremismo e a ortodoxia religiosa são tão perigosos quanto o extremismo e a ortodoxia política, pois ambos são regidos pelo mesmo espírito e ideologia do autoritarismo, intolerância, preconceito, orgulho, pretensa idéia de superioridade, manipulação de mentes, conceitos e idéias pre-concebidas e opressoras, etc...

15 de nov. de 2011

RETIRANDO DO BAÚ-9: ANO DE 2011, 122 ANOS DE PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA NO BRASIL...

Hoje, 15 de novembro de 2011, comemora-se 122 anos da Proclamação da República Federativa do Brasil. Que tal fazermos um breve balanço deste nosso período republicano?

A Proclamação da República Brasileira foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e, por conseguinte, pondo fim à soberania do imperador Pedro II. Foi, então, proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil.
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país.
Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.
A Situação Política do Brasil em 1889
O governo imperial, através do 37º e último gabinete ministerial, empossado em 7 de junho de 1889, sob o comando do presidente do Conselho de Ministros do Império, Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, do Partido Liberal, percebendo a difícil situação política em que se encontrava, apresentou, em uma última e desesperada tentativa de salvar o império, à Câmara-Geral, atual câmara dos deputados, um programa de reformas políticas do qual constavam, entre outras, as medidas seguintes: maior autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do Conselho de Estado e mandatos não vitalícios para o Senado Federal. As propostas do Visconde de Ouro Preto visavam a preservar o regime monárquico no país, mas foram vetadas pela maioria dos deputados de tendência conservadora que controlava a Câmara Geral. No dia 15 de novembro de 1889, a república era proclamada.
A Perda de Prestígio da Monarquia Brasileira
Muitos foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Da parte dos grupos conservadores pelos sérios atritos com a Igreja Católica (na "Questão Religiosa"); pela perda do apoio político dos grandes fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, ocorrida em 1888, sem a indenização dos proprietários de escravos.
Da parte dos grupos progressistas, havia a crítica que a monarquia mantivera, até muito tarde, a escravidão no país. Os progressistas criticavam, também, a ausência de iniciativas com vistas ao desenvolvimento do país (fosse econômico, político ou social), a manutenção de um regime político de castas e o voto censitário, isto é, com base na renda anual das pessoas, a ausência de um sistema de ensino universal, os altos índices de analfabetismo e de miséria e o afastamento político do Brasil em relação a todos demais países do continente, que eram republicanos.
Assim, ao mesmo tempo em que a legitimidade imperial decaía, a proposta republicana - percebida como significando o progresso social - ganhava espaço. Entretanto, é importante notar que a legitimidade do Imperador era distinta da do regime imperial: Enquanto, por um lado, a população, de modo geral, respeitava e gostava de dom Pedro II, por outro lado, tinha cada vez em menor conta o próprio império. Nesse sentido, era voz corrente, na época, que não haveria um terceiro reinado, ou seja, a monarquia não continuaria a existir após o falecimento de dom Pedro II, seja devido à falta de legitimidade do próprio regime monárquico, seja devido ao repúdio público ao príncipe consorte, marido da princesa Isabel, o francês Conde D'Eu).
Embora a frase de Aristides Lobo (jornalista e líder republicano paulista, depois feito ministro do governo provisório), "O povo assistiu bestializado" à proclamação da república, tenha entrado para a história, pesquisas históricas, mais recentes, têm dado outra versão à aceitação da república entre o povo brasileiro. É o caso da tese defendida por Maria Tereza Chaves de Mello (A República Consentida, Editora da FGV, EDUR, 2007), que indica que a república, antes e depois da proclamação, era vista popularmente como um regime político que traria o desenvolvimento, em sentido amplo, para o país.
Antecedentes da Proclamação da República
A partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança) (1864-1870), foi tomando corpo a ideia de alguns setores da elite de alterar o regime político vigente. Fatores que influenciaram esse movimento:
• O imperador dom Pedro II não possuía filhos, apenas filhas. O trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais velha, a princesa Isabel, casada com um francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro.
• O fato de os negros terem ajudado o exército na Guerra do Paraguai e, quando retornaram ao país, permaneceram como escravos, ou seja, não ganharam a alforria de seus donos.
A Crise Econômica
A crise econômica agravou-se em função das elevadas despesas financeiras geradas pela Guerra da Tríplice Aliança, cobertas por capitais externos. Os empréstimos brasileiros elevaram-se de 3 000 000 de libras esterlinas em 1871 para quase 20 000 000 em 1889, o que causou uma inflação da ordem de 1,75 por cento ao ano.
A Questão Abolicionista
Ver artigo principal: Abolicionismo no Brasil
A questão abolicionista impunha-se desde a abolição do tráfico negreiro em 1850, encontrando viva resistência entre as elites agrárias tradicionais do país. Diante das medidas adotadas pelo Império para a gradual extinção do regime escravista, devido a repercussão da experiência mal sucedida nos Estados Unidos de libertação geral dos escravos ter levado aquele país à guerra civil, essas elites reivindicavam do Estado indenizações proporcionais ao preço total que haviam pago pelos escravos a serem libertados por lei. Estas indenizações seriam pagas com empréstimo externo.
Com a decretação da Lei Áurea (1888), e ao deixar de indenizar esses grandes proprietários rurais, o império perdeu o seu último pilar de sustentação. Chamados de "republicanos de última hora", os ex-proprietários de escravos aderiram à causa republicana.
Na visão dos progressistas, o Império do Brasil mostrou-se bastante lento na solução da chamada "Questão Servil", o que, sem dúvida, minou sua legitimidade ao longo dos anos. Mesmo a adesão dos ex-proprietários de escravos, que não foram indenizados, à causa republicana, evidencia o quanto o regime imperial estava atrelado à escravatura.
Assim, logo após a princesa Isabel assinar a Lei Áurea, João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, o único senador do império que votou contra o projeto de abolição da escravatura, profetizou:
"A senhora acabou de redimir uma raça e perder um trono!" - Barão de Cotegipe
A Questão Religiosa
Ver artigo principal: Questão religiosa
Desde o período colonial, a Igreja Católica, enquanto instituição, encontrava-se submetida ao estado. Isso se manteve após a independência e significava, entre outras coisas, que nenhuma ordem do Papa poderia vigorar no Brasil sem que fosse previamente aprovada pelo imperador (Beneplácito Régio). Ocorre que, em 1872, Vital Maria Gonçalves de Oliveira e Antônio de Macedo Costa, bispos de Olinda e Belém do Pará respectivamente, resolveram seguir, por conta própria, as ordens do Papa Pio IX, não ratificadas pelo imperador e pelos presidentes do Conselho de Ministros, punindo religiosos ligados à maçonaria.
D. Pedro II, aconselhado pelos maçons, decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que suspendessem as punições. Estes se recusaram a obedecer ao imperador, sendo condenados a quatro anos de trabalho braçal (quebrar pedras). Em 1875, graças à intervenção do maçom Duque de Caxias, os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Contudo, no episódio, a imagem do império desgastou-se junto à Igreja Católica.
A Questão Militar
Ver artigo principal: Questão Militar
Os militares do Exército Brasileiro estavam descontentes com a proibição, imposta pela monarquia, pela qual os seus oficiais não podiam manifestar-se na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra. Os militares não possuíam uma autonomia de tomada de decisão sobre a defesa do território, estando sujeitos às ordens do imperador e do Gabinete de Ministros, formado por civis, que se sobrepunham às ordens dos generais. Assim, no império, a maioria dos ministros da guerra eram civis.
Além disso, frequentemente os militares do Exército Brasileiro sentiam-se desprestigiados e desrespeitados. Por um lado, os dirigentes do império eram civis, cuja seleção era extremamente elitista e cuja formação era bacharelesca, mas que resultava em postos altamente remunerados e valorizados; por outro lado, os militares tinham uma seleção mais democrática e uma formação mais técnica, mas que não resultavam nem em valorização profissional nem em reconhecimento político, social ou econômico. As promoções na carreira militar eram difíceis de serem obtidas e eram baseadas em critérios personalistas em vez de promoções por mérito e antiguidade.
A Guerra do Paraguai, além de difundir os ideais republicanos, evidenciou aos militares essa desvalorização da carreira profissional, que se manteve e mesmo acentuou-se após o fim da guerra. O resultado foi a percepção, da parte dos militares, de que se sacrificavam por um regime que pouco os consideravam e que dava maior atenção à Marinha do Brasil.
A Atuação dos Positivistas
Durante a Guerra do Paraguai, o contato dos militares brasileiros com a realidade dos seus vizinhos sul-americanos levou-os a refletir sobre a relação existente entre regimes políticos e problemas sociais. A partir disso, começou a desenvolver-se, tanto entre os militares de carreira quanto entre os civis convocados para lutar no conflito, um interesse maior pelo ideal republicano e pelo desenvolvimento econômico e social brasileiro.
Dessa forma, não foi casual que a propaganda republicana tenha tido, por marco inicial, a publicação do manifesto Republicano em 1870 (ano em que terminou a Guerra do Paraguai), seguido pela Convenção de Itu em 1873 e pelo surgimento dos clubes republicanos, que se multiplicaram, a partir de então, pelos principais centros no país.
Além disso, vários grupos foram fortemente influenciados pela maçonaria (Deodoro da Fonseca era maçom, assim como todo seu ministério) e pelo positivismo de Auguste Comte, especialmente, após 1881, quando surgiu a igreja Positivista do Brasil. Seus diretores, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, iniciaram uma forte campanha abolicionista e republicana.
A propaganda republicana era realizada pelos que, depois, foram chamados de "republicanos históricos" (em oposição àqueles que se tornaram republicanos apenas após o 15 de novembro, chamados de "republicanos de 16 de novembro").
As ideias de muitos dos republicanos eram veiculadas pelo periódico A República. Segundo alguns pesquisadores, os republicanos dividiam-se em duas correntes principais:
• Os evolucionistas, que admitiam que a proclamação da república era inevitável, não justificando uma luta armada;
• Os revolucionistas, que defendiam a possibilidade de pegar em armas para conquistá-la, com mobilização popular e com reformas sociais e econômicas.
Embora houvesse diferenças entre cada um desses grupos no tocante às estratégias políticas para a implementação da república e também quanto ao conteúdo substantivo do regime a instituir, a ideia geral, comum aos dois grupos, era a de que a república deveria ser um regime progressista, contraposto à exausta monarquia. Dessa forma, a proposta do novo regime revestia-se de um caráter social revolucionário e não apenas do de uma mera troca dos governantes.
O Golpe Militar de 15 de Novembro de 1889
No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram para o Marechal Deodoro da Fonseca, um monarquista, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro da Fonseca concordou em liderar o movimento militar.
O golpe militar, que estava previsto para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, os conspiradores divulgaram o boato de que o governo havia mandado prender Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Posteriormente confirmou-se que era mesmo boato. Assim, os revolucionários anteciparam o golpe de estado, e, na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento de tropas do exército que pôs fim ao regime monárquico no Brasil.
Os conspiradores dirigiram-se à residência do marechal Deodoro, que estava doente com dispneia,[1] e convencem-no a liderar o movimento.
Com esse pretexto de que Deodoro seria preso, ao amanhecer do dia 15 de Novembro, o marechal Deodoro da Fonseca, saiu de sua residência, atravessou o Campo de Santana, e, do outro lado do parque, conclamou os soldados do batalhão ali aquartelado, onde hoje se localiza o Palácio Duque de Caxias, a se rebelarem contra o governo. Oferecem um cavalo ao marechal, que nele montou, e, segundo testemunhos, tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!". Depois apeou, atravessou novamente o parque e voltou para a sua residência. A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas pela Rua Direita, atual rua 1º de Março, até o Paço Imperial.
Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Gabinete ministerial e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto.
No Paço Imperial, o presidente do gabinete (primeiro-ministro), Visconde de Ouro Preto, havia tentando resistir pedindo ao comandante do destacamento local e responsável pela segurança do Paço Imperial, general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados, explicando ao general Floriano Peixoto que havia, no local, tropas legalistas em número suficiente para derrotar os revoltosos. O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas na Guerra do Paraguai. Porém, o general Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens dadas pelo Visconde de Ouro Preto e assim justificou sua insubordinação, respondendo ao Visconde de Ouro Preto:

Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros! - Floriano Peixoto[2]

Em seguida, aderindo ao movimento republicano, Floriano Peixoto deu voz de prisão ao chefe de governo Visconde de Ouro Preto.
O único ferido no episódio da proclamação da república foi o Barão de Ladário que resistiu à ordem de prisão dada pelos amotinados e levou um tiro. Consta que Deodoro não dirigiu crítica ao Imperador D. Pedro II e que vacilava em suas palavras. Relatos dizem que foi uma estratégia para evitar um derramamento de sangue. Sabia-se que Deodoro da Fonseca estava com o tenente-coronel Benjamin Constant ao seu lado e que havia alguns líderes republicanos civis naquele momento.
Na tarde do mesmo dia 15 de novembro, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.
À noite, na Câmara Municipal do Município Neutro, o Rio de Janeiro, José do Patrocínio redigiu a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, aprovada sem votação. O texto foi para as gráficas de jornais que apoiavam a causa, e, só no dia seguinte, 16 de novembro, foi anunciado ao povo a mudança do regime político do Brasil.
Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Gabinete de Ouro Preto, o Imperador D. Pedro II tentou ainda organizar outro gabinete ministerial, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. O imperador, em Petrópolis, foi informado e decidiu descer para a Corte. Ao saber do golpe de estado, o Imperador reconheceu a queda do Gabinete de Ouro Preto e procurou anunciar um novo nome para substituir o Visconde de Ouro Preto. No entanto, como nada fora dito sobre República até então, os republicanos mais exaltados, tendo Benjamin Constant à frente, espalharam o boato de que o Imperador escolheria Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro da Fonseca desde os tempos do Rio Grande do Sul, para ser o novo chefe de governo. Com este engodo, Deodoro da Fonseca foi convencido a aderir à causa republicana. O Imperador foi informado disso e, desiludido, decidiu não oferecer resistência.
No dia seguinte, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou a D. Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação da república e ordenando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas. A família imperial brasileira exilou-se na Europa, só lhes sendo permitida a sua volta ao Brasil na década de 1920. É possível considerar a legitimidade ou não da república no Brasil por diferentes ângulos.
Do ponto de vista do Código Criminal do Império do Brasil, sancionado em 16 de dezembro de 1830, o crime cometido pelos republicanos foi:
"Artigo 87: Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o imperador; privá-lo em todo, ou em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão. Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos no médio; e por dez anos no mínimo."
O Visconde de Ouro Preto, deposto em 15 de novembro, entendia que a proclamação da república fora um erro e que o Segundo Reinado tinha sido bom, e, assim se expressou em seu livro "Advento da Ditadura Militar no Brasil":

O Império não foi a ruína. Foi a conservação e o progresso. Durante meio século, manteve íntegro, tranquilo e unido território colossal. O império converteu um país atrasado e pouco populoso em grande e forte nacionalidade, primeira potência sul-americana, considerada e respeitada em todo o mundo civilizado. Aos esforços do Império, principalmente, devem três povos vizinhos deveram o desaparecimento do despotismo mais cruel e aviltante. O Império aboliu de fato a pena de morte, extinguiu a escravidão, deu ao Brasil glórias imorredouras, paz interna, ordem, segurança e, mas que tudo, liberdade individual como não houve jamais em país algum. Quais as faltas ou crimes de dom Pedro II, que em quase cinquenta anos de reinado nunca perseguiu ninguém, nunca se lembrou de uma ingratidão, nunca vingou uma injúria, pronto sempre a perdoar, esquecer e beneficiar? Quais os erros praticados que o tornou merecedor da deposição e exílio quando, velho e enfermo, mais devia contar com o respeito e a veneração de seus concidadãos? A república brasileira, como foi proclamada, é uma obra de iniquidade. A república se levantou sobre os broqueis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na história e terá uma existência efêmera! - Visconde de Ouro Preto
O movimento de 15 de Novembro de 1889 não foi o primeiro a buscar a república, embora tenha sido o único efetivamente bem-sucedido, e, segundo algumas versões, teria contado com apoio tanto das elites nacionais e regionais quanto da população de um modo geral:
• Em 1788-1789, a Inconfidência Mineira e Tiradentes não buscavam apenas a independência, mas também, a proclamação de uma república na Capitania das Minas Gerais, seguida de uma série de reformas políticas, econômicas e sociais;
• Em 1824, diversos estados do Nordeste criaram um movimento independentista, dentre elas a Confederação do Equador, igualmente republicana;
• Em 1839, na esteira da Revolução Farroupilha, proclamaram-se a República Rio-grandense e a República Juliana, respectivamente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Embora se argumente que não houve participação popular no movimento que terminou com o regime monárquico e implantou a república, o fato é que também não houve manifestações populares de apoio à monarquia, ao imperador ou de repúdio ao novo regime.
Alguns pesquisadores[quem?] argumentam que, caso a monarquia fosse popular, haveria movimentos contrários à república em seguida, além da Guerra de Canudos. Entretanto, segundo outros pesquisadores[quem?], o que teria ocorrido foi uma crescente conscientização a respeito do novo regime e sua aprovação pelos mais diferentes setores da sociedade brasileira. Versão oposta é dada pela pesquisadora, Maria de Lourdes Mônaco Janoti, no livro Os Subversivos da República, no qual relata o medo que tiveram os republicanos, nas primeiras décadas da república, em relação a uma possível restauração da monarquia no Brasil. Maria Janoti mostra também, em seu livro, a repressão forte, por parte dos republicanos, a toda tentativa de se organizar grupos políticos monárquicos naquela época.
Neste sentido, um caso notável de resistência à república foi o do líder abolicionista José do Patrocínio, que, entre a abolição da escravatura e a proclamação da república, manteve-se fiel à monarquia, não por uma compreensão das necessidades sociais e políticas do país, mas, romanticamente, apenas devido a uma dívida de gratidão com a Princesa Isabel. Aliás, nesse período de aproximadamente dezoito meses, José do Patrocínio constituiu a chamada "Guarda Negra", que eram negros alforriados organizados para causar confusões e desordem em comícios republicanos, além de espancar os participantes de tais comícios.
Em relação à ausência de participação popular no movimento de 15 de novembro, um documento que teve grande repercussão foi o artigo de Aristides Lobo, que fora testemunha ocular da proclamação da República, no Diário Popular de São Paulo, em 18 de novembro, no qual dizia:

Por ora, a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada! - Aristides Lobo
Na reunião na casa de Deodoro, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que o povo brasileiro aprovasse ou não, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, determinado pelo artigo segundo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988.
A Proclamação da República e a Manutenção do Brasil como País Unido
Com a proclamação da República, "segundo todas as probabilidades", acabaria também o Brasil, pensava, no fim do século XIX, o escritor português Eça de Queirós. "Daqui a pouco" - acrescentava, numa das suas cartas de Fradique Mendes, publicadas depois de sua morte sob o título de Cartas Inéditas de Fradique - "o que foi o Império estará fracionado em Repúblicas independentes de maior ou menor importância. Impelem a esse resultado a divisão histórica das províncias, as rivalidades que entre elas existem, a diversidade do clima, do caráter e dos interesses, e a força das ambições locais. [...] Por outro lado, há absoluta impossibilidade de que São Paulo, a Bahia, o Pará queiram ficar sob a autoridade do general fulano ou do bacharel sicrano, presidente, com uma corte presidencial no Rio de Janeiro [...] Os Deodoros da Fonseca vão-se reproduzir por todas as províncias. [...] Cada Estado, abandonado a si desenvolverá uma história própria, sob uma bandeira própria, segundo o seu clima, a especialidade da sua zona agrícola, os seus interesses, os seus homens, a sua educação e a sua imigração. Uns prosperarão, outros deperecerão. Haverá talvez Chiles ricos e haverá certamente Nicaráguas grotescas. A América do Sul ficará toda coberta com os cacos de um grande Império".[3]
Eça de Queirós errou redondamente. "Profecia que de modo algum se realizou. E não se realizou por lhe ter faltado quase de todo consistência sociológica; ou ter se baseado apenas numa estreira parassociologia, quando muito, política; e esta quase inteiramente lógica. Lógica e de gabinete: nem sequer intuitiva no seu arrojo profético [...] O 'coração íntimo' dos brasileiros da época que se seguiu à proclamação da República, se examinado de perto [...] haveria de mostrar-lhe que existia entre a gente do Brasil, do Norte ao Sul do país, uma unidade nacional já tão forte, quanto às crenças, aos costumes, aos sentimentos, aos jogos, aos brinquedos dessa mesma gente, quase toda ela de formação patriarcal, católica e ibérica nas predominâncias dos seus característicos, que não seria com a simples e superficial mudança de regímen político, que aquele conjunto de valores e de constantes de repente se desmancharia". (Gilberto Freyre) [4]
Plebiscito de 1993
Ver artigo principal: Plebiscito sobre a forma e o sistema de governo do Brasil (1993)
No dia 21 de abril de 1993, a opção "república" obteve 86 por cento dos votos válidos, conferindo, finalmente, legitimidade popular ao regime republicano brasileiro. No mesmo plebiscito, o sistema presidencialista de governo foi legitimado pelo voto popular.
Referências
1. ↑ Proclamação da República - O fim do Império
2. ↑ OURO PRETO, Visconde de, Advento da ditadura militar no Brasil, Imprimiere F. Pichon, Paris, 1891
3. ↑ Ordem e Progresso, p. 180 e 181, Ed. Record, 5ª ed
4. ↑ Ordem e Progresso, p. 180 e 181, Ed. Record, Quinta edição
Bibliografia
• PEIXOTO, Floriano, Floriano 1839-1939, Editora Graphicos Bloch, Rio de Janeiro, 1939.
• FONSECA, Deodoro, Deodoro e a Verdade Histórica, Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1939.
• BARBOSA, Rui, Ditadura e República, Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1932.
• CALMON, A Vida de Dom Pedro II - O Rei filósofo, Blibioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1975.
• CAMPOS SALES, Dr. Manuel Ferraz de, Da Propaganda à Presidência, Edição Fac-similar, Senado Federal, Brasília, 1998.
• CHAVES DE MELLO, Maria Tereza, A República Consentida, Editora FGV, EDUR, Rio de Janeiro, 2007.
• JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco, Os Subversivos da República, Editora Brasiliense, São Paulo, 1986.
• OURO PRETO, Visconde de, A Década Republicana, Editora da UNB, Brasília, 1986.
• OURO PRETO, Visconde de, Advento da Ditadura Militar no Brasil, Editora Imprimiere F. Pichon, Paris, 1891.
• PRADO, Eduardo, Fatos da Dictadura Militar no Brazil, Editora Revista de Portugal, 1890.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil

Comentários: Embora Eçá de Queirós não estivesse completamente certo no que diz respeito às consequências da proclamação da República, também não estava completamente equivocado, pois os fatos históricos deste período republicano brasileiro demonstram isto:
- É fato que hoje, no Brasil, temos sim uma côrte presidencialista absolutista com poderes típicos de monarquias absolutistas (representada pelos privilégios dos políticos, magistrados, militares, etc) a qual entende que pode fazer tudo o que quer através de poderes absolutistas que lhes permitem manipular leis e legislar em causa própria. Ex: decretando por eles mesmos os salários e privilégios de monarcas absolutistas que só eles têm, criando e manipulando leis que os beneficiam em caso de corrupção, estabelecendo a falta de profisisonalismo na administração do Estado brasileiro onde o que prevalece nas lideranças dos cargos públicos do Executivo, em quase 100% de sua totalidade, não é a meritocracia, mas, sim, a indicação pólítica-partidária não levando em consideração a competência profisisonal, aptidão técnica, gestão por competências e resultados para o bem-comum da sociedade, e, implementando a ditadura dos partidos políticos não permitindo assim, entre muitas coisas, outras formas de acesso ao poder estatal (por isso mesmo a reforma política ainda não saiu do papel), etc;
- As rivalidades entre os Estados: A discriminação cultural, intelectual, financeira, etc, dos Estados do Sul e Sudeste para com os Estados do Nordeste e Norte, a guerra fiscal (em geral mais motivada para beneficiar grupos econômicos que depois vão devolver os benefícios patrocinando a campanha dos candidatos), a disparidade de distribuição dos benefícios financeiros para os Estados da Federação (do que são exemplos as riquezas geradas pelo petróleo, pelo sistema de energia elétrica, etc) são alguns exemplos do cenário previsto por Eça de Queirós, disparidade esta mais uma vez evidenciada recentemente pela questão da distribuição dos royalties do pré-sal onde os Estados produtores de petróleo acham que devem continuar com a maior parte dos mesmos, não levando assim em consideração que a Petrobrás foi criada e até hoje é mantida (direta e indiretamente) com dinheiro dos impostos de todos(os) os brasileiros(as) e não apenas dos cidadãos destes Estados produtores, etc;
- A multiplicação dos “Deodoro da Fonseca” com suas famílias e grupos de poder com promessas de “liberdade” e “mudanças” é outro fato marcante na política brasileira desde a sua gênese, passando pelos movimentos de independência e republicanos e estando até mesmo presentes nos “movimentos revolucionários da juventude da década de 1960” e nos ícones da redemocratização do País e seus descendentes: até hoje vemos no cenário político-partidário brasileiro o surgimento de lideranças com predominância de características carismáticas e com forte toque personalista sendo isto inclusive explorado pelo marketing e propaganda eleitoral dos(as) candidatos(as), coisas estas que se desdobram no forte toque coronelístico do estilo de governar que impõem em sua gestão administrativa pública, fenômeno este que pode ser evidenciado, apenas citando cinco exemplos, pelo fato de que acham que podem cometer crimes de corrupção e devem ficar sem punição, (por isso até hoje a lei da ficha limpa não foi de fato efetivada e praticada), pelo nepotismo (praticado também pelos gestores das empresas públicas), pelo corporativismo manifestado aos seus compadres e comadres políticos passando a mão em suas cabeças e deixando a impunidade correr solta (até mesmo porque muitas vezes os crimes cometidos por estes compadres e comadres são realizados para beneficiar os partidos, seus chefes, parentes, etc), pela criação e implementação de políticas públicas sem consultar a sociedade pelo fato de que depois que o político se elege passa 4 anos distanciado do povo fazendo o que quer e sem lhe prestar contas e nem solicitar o seu aval para aquilo que aprovam e executam seja na esfera executiva ou legislativa (o que evidencia que vivemos num regime democrático mas com práticas distorcidas de democracia) e, pela busca de alianças políticas espúrias que uma parcela significativa deles realizam tanto para se elegerem como para o exercício de seu cargo público, fazendo assim alianças com pessoas ligadas a grupos de narcotraficantes, grupos de extermínio, a grupos de outras modalidades do crime organizado, etc, pois tudo isto está na matriz ideológica de um costume cultural o qual diz que vale tudo para se chegar ao poder e manter a “governabilidade”, pelo fato de que a palavra final e as decisões do “coronel” são o que importam, valem ser obedecidas e ditam as regras do que é lícito, sendo assim uma reprodução fiel dos modelos absolutistas de governo e suas práticas que podem surgir em diferentes graus nas formas e sistemas de governo concebidos pelas civilizações, seja a nível relgioso, político, etc;
- A existência de abismos socioeconômicos entre os Estados da Federação brasileira é patente, pois basta viajar pelo Brasil para ver que estas diferenças a nível intra-regional e inter-regional existem, conforme analisado por Eça de Queiros, não apenas por fatores de clima e solo (que podem beneficiar ou prejudicar a produção e produtividade agropecuária), mas, também pelos interesses de suas lideranças, pelos seus homens, pela sua educação e pela sua imigração a qual mostra quais os valores e marcos (princípios) culturais civilizatórios (éticos, religiosos, sociais, ideológicos, políticos, econômicos, ecológicos, etc.) que determinado grupo de pessoas e seus descendentes acreditam e praticam no seu desenvolvimento como povo e sociedade local e regional, de modo que uma nação pode até mesmo ter unidade linguística e, mesmo assim, não possuir unidade ética, religiosa, social, ideológica, política, econômica, ecológica, etc, nos mostrando, portanto, que, em geral, sistemas e formas de governo não passam de meros arquétipos e matrizes de pensamentos arquitetadas geopoliticamente, implementadas, alimentadas e mantidas nas sociedades por diferentes ritos e forças (em geral quase sempre de forma violenta, alienantes e por manipulação de diversas estruturas tais como o sistema educacional, a mídia, festas e festivais culturais, etc.) como também nos mostram que a premissa de que na democracia e no sistema republicano todos são iguais e têm as mesmas oportunidades e direitos nem sempre é verdadeira. Por isso através da História ocorrem e estamos presenciando atualmente no mundo inteiro mudanças nas diferentes formas e sistemas de governo, lutas são desencadeadas para conquistas de direitos e arquétipos e matrizes de pensamento são destruídos e re-construídos, pois pela constatação da verdade dos fatos e conscientização da realidade das condições existenciais, os olhos das pessoas são abertos, o engano é desmascarado, mitos são desfeitos, o encanto, a magia e a força do ritual (sejam eles quais forem) são quebrados, perde-se a credibilidade, a legitimidade e a legalidade e, então, temos o espaço e o momento abertos para abalos de estruturas (sejam elas quais forem), para as mudanças sistêmicas e para um novo ciclo que poderá ou não, com o passar do tempo e as ações das pessoas, ter o mesmo fim do ciclo que lhe antecedeu.
Sendo assim, conforme o que tem demonstrado até hoje o período republicano brasileiro, percebo e endendo que Eça de Queirós mais acertou em suas previsões e considerações do que errou...

13 de nov. de 2011

O MUNDO RUMO À GUERRA CIBERNÉTICA...

Especial conta os fatos por trás dos ataques virtuais entre países e responde se a chamada 'ciberguerra' já começou...
Ciberguerra está gerando gastos de mais de US$ 12,5 bilhões só em 2011

Guerra cibernética:
Conflito travado sem soldados, armas ou mísseis. Ao invés disso, os ataques são realizados por computadores, vírus digitais, roubo de informações e tropas compostas por hackers e criminosos muitas vezes a serviço das maiores potencias do mundo.
Embora nenhum país nunca tenha admitido oficialmente um ataque cibernético contra outra nação, é certo que ofensivas digitais já aconteceram e continuam acontecendo.
A questão é como esses ataques invisíveis afetam a estratégia militar das superpotências e até que ponto eles são o sinal de que a humanidade já está no meio de um novo tipo de conflito internacional: a guerra cibernética.
Para responder estas perguntas, analisamos os últimos acontecimentos e informações relacionados a ataques na internet contra governos e tiramos conclusões impressionantes.
A militarização da internet
No último dia 8 de novembro, o Pentágono afirmou que impulsionará todos os esforços necessários para construir braços cibernéticos ofensivos para possíveis ataques na internet.
O anuncio é mais um exemplo que reforça a nova doutrina militar norte americano que, desde maio de 2010, considera o ciberespaço como um campo de batalha estratégico para resolver conflitos, além dos quatro tradicionais: terra, mar, ar e espaço.
A China é vista pelos militares norte-americanos como a principal ameaça numa hipotética guerra cibernética. O país asiático é frequentemente acusado de realizar ataques virtuais, mas nega seu envolvimento, dizendo ainda que a atividade é ilegal no país.
Os Estados Unidos, em contrapartida, alegam não só que já sofreram ofensivas digitais vindas da China, como acreditam que o governo chinês possua uma estratégia para vencer batalhas ou guerra cibernéticas por volta de 2050. Ou seja, na metade do século.
Recentemente, uma comissão do congresso norte-americano que avalia as relações entre os Estados Unidos e a China revelou que dois satélites foram invadidos por hackers em outubro de 2007 e julho de 2008, respectivamente.
A comissão acredita que o ataque pode ter sido realizado por chineses, mas afirma que não há provas para envolvimento do governo ou do exército daquele país.
A Rússia também é acusada de usar espionagem cibernética para roubar segredos comerciais e de tecnologia norte-americanos a fim de estimular seu desenvolvimento econômico.
Segundo relatório de inteligência norte-americano, divulgado em novembro, muitas empresas e multinacionais já reportaram intrusões cibernéticas originadas da Rússia, mas a exemplo da China, os serviços de informações não conseguem confirmar quem estaria por trás delas.
Os Estados Unidos, inclusive, também são acusados de realizar ataques cibernéticos contra instalações nucleares iranianas em setembro de 2010.
E mais de 120 países do mundo, entre eles o Brasil, já admitiram estar preparando formas de se defender contra ataques cibernéticos ou efetuar ações ofensivas.
O próprio governo brasileiro foi alvo de ataques aos sites da receita federal e da presidência em junho deste ano, e embora as ações tenham sido atribuídas ao grupo de hackers Lulz Security, serviu para mostrar que o Brasil não está fora da rota de ofensivas cibernéticas.
As armas da ciberguerra
Os primeiros relatos de guerra cibernética, em que nações ou grupos terroristas usam hackers para atacar estruturas nacionais ou empresariais com fins políticos, econômicos ou ideológicos, datam do início dos anos 2000.
Em 2005, por exemplo, o governo da Coreia do Norte teria recrutado 500 hackers que teriam conseguido penetrar em redes dos governos da Coreia do Sul, Japão e outros países.
Alvos não faltam: ferrovias, metros, hospitais, refinarias, polos químicos, oficinas federais, sistemas bancários e redes elétricas. Hoje, nada funciona de maneira isolada.
Os países estão convertendo cada vez mais seus sistemas de controle em sistemas controlados por redes de computador. E existem portas de entradas digitais em todas elas. Isto significa que, se alguém conseguir infectá-las, poderá causar muitos danos.
O próprio presidente dos Estados Unidos Barak Obama admitiu que, há dois anos, a rede elétrica americana foi invadida por hackers na Rússia. Felizmente, os ataques eram intencionais e foram realizados para testar a capacidade de segurança norte-americana.
Entretanto, se a invasão fosse real, poderia se transformar em ataques que afetariam milhões de pessoas e negócios nos Estados Unidos.
E as armas para realizar esses ataques estão cada vez mais sofisticadas. O vírus que atacou o programa nuclear iraniano, chamado Stuxnet, em 2010, foi projetado para infectar sistemas industriais, no caso, as centrifugas nucleares iranianas.
A sofisticação do código utilizado pelo Stuxnet era tão grande que levaram muitos especialistas a acreditar que algum governo estivesse ligado à criação do vírus.
O código é considerado complexo porque utiliza quatro formas inéditas de ataque, ao contrário de um único método como se vê normalmente.
Uma vez dentro do sistema, o vírus modifica os códigos da rede de gerenciamento industriais para permitir que os atacantes tomem o controle sem que os operadores percebam.
Em outras palavras, o vírus pode dar a ordem que quiser, como, por exemplo, fazer as máquinas funcionarem a um nível tão excessivo que poderiam se autodestruir.
O Stuxnet é apenas um exemplo, mas existem muitos outros vírus com capacidade para infectar e causar danos em qualquer rede de computadores do planeta.
A questão é: será que o Stuxnet pode ser o sinal de que estamos no começo de uma nova era: a era da guerra cibernética?
A verdade dos fatos
Os militares tratam a internet como um campo de batalha e ataques digitais entre nações já aconteceram e continuam acontecendo. No entanto, isso não necessariamente significa que já estamos vivenciando uma guerra cibernética.
Na opinião do Consultor de Segurança da Casa Branca, Richard Clarke, autor do livro "Cyber War: The Next Threat to National Security and What to Do About It", o que estamos presenciando são os preparativos para a guerra virtual.
"A guerra virtual ainda não aconteceu. E só vai acontecer quando houver uma guerra de verdade entre países. Se um país declarar guerra a outro, agora ou no futuro, vai se valer de ataques cibernéticos, além dos ataques comuns", disse em entrevista ao canal Globo News.
De acordo com o especialista, para realizar um ataque cibernético e conseguir efetivamente fazer com que trens parem, que água deixe de ser bombeada, que oleodutos explodam, entre outras investidas, é preciso já ter invadido as redes de computadores do inimigo.
Portanto, os países estão, neste momento, se infiltrando nas redes um dos outros e instalando "portas dos fundos" para ter acesso rápido a essas redes quando precisarem. "Portas dos fundos" são atalhos secretos criados pelo invasor para conseguir entrar no sistema no caso dele precisar retornar depois.
Trata-se de uma atividade comum, mas muito difícil de ser identificada. Um estudo da consultoria ASDReports concluiu que todo esse conflito cibernético está gerando gastos de mais de US$ 12,5 bilhões só este ano, e mesmo com os cortes de despesas na Europa, por conta da crise econômica, o orçamento destinado às defesas para a ciberguerra cresceu significativamente na região.
O Brasil ainda engatinha nessa área e apenas recentemente informou ter começado a pôr em prática medidas para proteger o País de ataques cibernéticos. A questão aparece agora como prioridade na Estratégia Nacional de Defesa e, no final de 2010, o Gabinete de Segurança Institucional lançou livro que estabelece parâmetros de proteção das redes governamentais.
A verdade é que a guerra cibernética só vai acontecer com a frequência que acontece uma guerra comum, e será consequência de um ato de guerra no sentido tradicional, com tropas ou mísseis, por exemplo.
No entanto, trata-se de um tema de alta prioridade e urgência que de forma alguma pode ser negligenciado por afetar a segurança de milhões de pessoas em todo o planeta.

Fonte: http://tecnologia.br.msn.com/especiais/o-mundo-rumo-%c3%a0-guerra-cibern%c3%a9tica?page=0, in 13/11/2011

8 de nov. de 2011

ITEP SELECIONA PROFESSOR(A) DE CIÊNCIAS SOCIAIS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

Está aberto o processo seletivo simplificado (até o próximo dia 10/11/2011) para contratação de professores em Ciências Sociais e outras categorias profissionais pelo Instituto Tecnológico de PE (ITEP). O Edital pode ser consultado gratuitamente pelo site pciconcursos.com.br

27 de out. de 2011

NOVA PROGRAMAÇÃO DE FILMES DA FUNDAJ-TEMA: DIREITOS HUMANOS

Festival Cinema e Direitos Humanos

Cinema e Direitos Humanos

Fundaj – Derby


28/10 - SEXTA-FEIRA

14h00
DO OUTRO LADO DO MURO - Eleonora Menutti (Argentina, 12 min, 2010, doc).
ENTRE VÃOS - Luísa Caetano (Brasil, 20 min, 2010, doc).
VOCACIONAL, UMA AVENTURA HUMANA - Toni Venturi (Brasil, 77 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: Livre

16h00
O PLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
UMA NOVA DANÇA - Nicolás Lasnibat (Chile/ França, 23 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

18h00
GRAFFITI QUE MEXE - Coletivo Graffiti com Pipoca (Brasil, 13 min, 2011, animação).
LICURI SURF - Guilherme Martins (Brasil, 15 min, 2011, doc).
CÉU SEM ETERNIDADE - Eliane Caffé (Brasil, 70 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos

29/10 - SÁBADO

14h00
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
CORTINA DE FUMAÇA - Rodrigo Mac Niven (Brasil, 88 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos

16h00
BICHO DE SETE CABEÇAS - Laís Bodanzky (Brasil, 74 min, 2000, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

18h00
CENTRAL DO BRASIL - Walter Salles (Brasil, 112 min, 1998, fic). Classificação indicativa: 16 anos

30/10 - DOMINGO

14h00
SOBRA UMA LEI - Daiana Di Candia/ Denisse Legrand (Uruguai, 36 min, 2011, doc).
PEQUENAS VOZES - Óscar Andrade e Jairo Eduardo Carrillo (Colômbia, 76 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos

16h00
MORANGO E CHOCOLATE - Tomás Gutiérrez Alea/ Juan Carlos Tabío (Cuba/ México, 110 min, 1993, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

18h00
A TERRA A GASTAR - Cássia Mary Itamoto/ Celina Kurihara (Brasil, 6 min, 2009, animação).
OS INQUILINOS (OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM) - Sérgio Bianchi (Brasil, 103 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

31/10 - SEGUNDA-FEIRA

14h00
BARRAS E BARREIRAS, RETRATO DE KELLY ALVES - Riccardo Migliore (Brasil, 38 min, 2011, doc).
QUATRO LITROS POR TONEL - Belimar Román Rojas (Argentina/ Venezuela, 70 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos

16h00
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
ARQUITETOS DA NATUREZA - Cléa Lúcia (Peru/ Brasil, 25min, 2011, doc).
TAVA - PARAGUAI TERRA ADENTRO - Lucas Keese/ Lucía Martin/ Mariela Vilchez (Argentina/ Brasil/ Paraguai, 70 min, 2011, doc). Classificação indicativa: 10 anos

18h00
D.O.R - Leandro Goddinho (Brasil, 4 min, 2010, doc).
SILÊNCIO 63 - Fábio Nascimento (Brasil , 23 min, 2011, doc).
E A TERRA SE FEZ VERBO - Erika Bauer (Brasil, 77 min, 2011, doc). Classificação indicativa: 12 anos

01/11 - TERÇA-FEIRA

14h00
CAFÉ AURORA - Pablo Polo (Brasil, 19 min, 2010, fic).
CONFISSÕES - Gualberto Ferrari (Argentina/ Brasil/ França, 90 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: Livre

16h00
CHUVAS DE VERÃO - Carlos Diegues (Brasil, 93 min, 1977, fic).
Classificação indicativa: 16 anos

18h00
CABRA CEGA - Toni Venturi (Brasil, 107 min, 2005, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

AMÉRICA LATINA TEM 6 DOS 14 PAÍSES MAIS VIOLENTOS DO MUNDO.

Seis dos 14 países mais violentos do mundo estão na América Latina, revelou a segunda edição do relatório "Carga mundial da violência armada" publicado nesta quinta-feira pela secretaria da Declaração de Genebra sobre Violência Armada e Desenvolvimento, uma iniciativa diplomática lançada em 2008.

"Um quarto de todas as mortes violentas ocorreram em apenas 14 países", assinala o relatório sobre a violência armada e o desenvolvimento cuja primeira edição não dispunha de estatísticas por países.

Seis destes países estão na América Latina: El Salvador, Honduras, Colômbia, Venezuela, Guatemala e Belize. Nestes países, os grupos armados, geralmente vinculados ao tráfico de drogas, provocam estragos, segundo um relatório apresentado nesta quinta-feira, mas que usa estatísticas são de 2009.

"Isso prova que a maioria dos países afeados pelas mortes violentas não estão em guerra", segundo Keith Krause, professor do Instituto de Altos Estudos Internacionais e de Desenvolvimento de Genebra (IUHEID), que participou na elaboração do documento.

Iraque, Jamaica, África do Sul, Sri Lanka, Lesoto, República Centro-africana, Sudão e República Democrática do Congo completam a lista dos 14 países mais violentos.

El Salvador é o país mais violento do mundo com mais de 60 mortes por 100 mil habitantes. Entre 2004 e 2009, proporcionalmente, morreram mais pessoas de forma violenta em El Salvador do que no Iraque, sendo que este último está em segundo lugar dos países mais violentos do mundo, seguido pela Jamaica.

Segundo o relatório, 526 mil pessoas morrem de maneira violenta a cada ano no mundo, mas apenas 55 mil delas perderam a vida em função de um conflito ou devido ao terrorismo, de acordo com o estudo.

Por outra parte, 200 mil pessoas morreram nas zonas de conflito por causas indiretas como a má nutrição ou doenças evitáveis.

"Não houve grandes mudanças nos últimos três anos", assinala Krause.

A Declaração de Genebra foi assinada por mais de uma centena de países. Entre seus promotores, figura o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Esta iniciativa diplomática tem por objetivo apoiar os Estados e a sociedade civil em seus esforços para reduzir de maneira tangível a violência armada até 2015.

Na próxima segunda e terça-feira, em Genebra, será realizada uma conferência ministerial convocada pela Suíça e PNUD para examinar os progressos realizados e "fixar claramente as prioridades". A presidente da Confederação suíça, Michelin Calmy-Rey, abrirá a conferência.

Fonte: Terra Notícias

26 de out. de 2011

FUTURO PODE TER PAÍSES APENAS COM SOLTEIROS, TEMEM ANALISTAS

Num momento em que a população cruza a barreira dos sete bilhões de habitantes, os especialistas temem que o desequilíbrio de sexos favoreça o surgimento de países inteiros de solteiros em busca de uma esposa.

As consequências exatas do que o demógrafo francês Christophe Guilmoto denomina uma "masculinização alarmante" em países como a Índia ou a China devido aos abortos seletivos são ainda incertas.

Muitos especialistas acreditam, no entanto, que em 50 anos a escassez de mulheres terá um impacto na sociedade similar ao do aquecimento do clima, um fenômeno invisível, mas bem real. Por trás dessas advertências se escondem estatísticas irrefutáveis.

A natureza oferece cifras invariáveis: nascem entre 104 e 106 meninos para cada 100 meninas, e a menor modificação desta proporção só pode ser explicada por fatores anormais.

Na Índia e no Vietnã, a cifra é de cerca de 112 meninos por 100 meninas. Na China, a proporção se eleva a quase 120 por 100, quando não é de 130 meninos por 100 meninas em algumas regiões.

O pior é que esta tendência se estende: no Azerbaijão, Geórgia e Armênia, a relação entre os nascimentos é de mais de 115 meninos por 100 meninas. Na Sérvia e Bósnia, se constata um mesmo fenômeno.

A tomada de consciência mundial a respeito remonta a 1990, quando um Prêmio Nobel indiano, o economista Amartya Sen, publicou um artigo com um título contundente: "Mais de 100 milhões de mulheres desapareceram".

Os demógrafos calculam que esta cifra agora está acima dos 160 milhões e é o resultado da tradicional preferência por homens, da queda da fecundidade e, principalmente, as ultrassonografia baratas que permitem abortar quando se trata de uma menina.

Apesar da proporção nos nascimentos voltarem à normalidade na Índia e China nos próximos 10 anos, Guilmoto que acha em ambos os países o casamento será por várias décadas uma dor de cabeça para os homens.

"Não apenas esses homens terão de casar-se numa idade mais avançada, como correm o risco de ficar solteiros", indica.

Alguns acreditam que este novo contexto poderá aumentar a poliandria (uma mulher com vários maridos) e o turismo sexual, enquanto outros preveem cenários catastróficos, nos quais a depredação sexual, a violência e os conflitos serão as novas normais sociais.

Há alguns anos, os analistas políticos Valerie Hudson e Andrea den Boer chegaram a escrever que os países asiáticos majoritariamente povoados por homens representavam uma ameaça para o Ocidente.

Segundo eles, "as sociedades com forte relação homens-mulheres só podem ser governadas por regimes autoritários capazes de suprimir a violência em seu próprio país e de exportá-la para o exterior por meio da colonização ou a guerra".

Mara Hvistendahl, jornalista da revista Science e autor de um recente ensaio intitulado "Seleção não-natural", objeta que o risco de guerras em grande escala é pouco provável, principalmente recordando que a Índia é uma democracia.

Admite, no entanto, que "historicamente, as sociedades onde o número de homens superaram ao de mulheres não são agradáveis para viver", evocando os riscos de instabilidade e, inclusive, de violência.

Os serviços da ONU advertiram sobre uma correlação entre escassez de mulheres e um aumento do tráfico sexual ou imigração de populações em busca de casamento.

As soluções para o problema, no momento, não são muitas.

Na opinião de Guilmoto, a prioridade agora é assegurar-se de que o problema seja de conhecimento público, e não apenas nos países emergentes. "Na Europa oriental, as pessoas não têm a menor ideia do que está acontecendo", adverte.




Fonte: Terra Notícias

19 de out. de 2011

RETIRANDO DO BAÚ-8: 2011-CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE MARIA BONITA...

Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, nascida em Glória, 8 de março de 1911 (Dia Internacional da Mulher) e morta em 28 de julho de 1938, com 27 anos de idade. Nasceu no Sítio Malhada da Caiçara, do Município de Paulo Afonso, na época município gloriense, na Bahia, foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.
Assim foi Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita e que nasceu numa pequena fazenda em Santa Brígida, Bahia, sendo filha de pais humildes (Maria Joaquina Conceição Oliveira e José Gomes de Oliveira).
Maria Bonita casou-se muito jovem, aos 15 anos. Seu casamento desde o início foi muito conturbado. José Miguel da Silva, sapateiro e conhecido como Zé Neném vivia às turras com Maria. O casal não teve filhos. Zé era estéril.
A cada briga do casal, Maria Bonita refugiava-se na casa dos pais. E foi, justamente, numa dessas “fugas domésticas” que ela reencontrou Virgulino, o Lampião, em 1929. Ele e seu grupo estavam passando pela fazenda da família. Virgulino era antigo conhecido da família Oliveira. Esse trajeto era feito com freqüência por ele. Era uma espécie de parada obrigatória do cangaceiro.
Os pais de Maria Bonita gostavam muito do “Rei do Cangaço”. Ele era visto com respeito e admiração pelos fazendeiros, incluindo Maria. Sem querer a mãe da moça serviu de cupido entre ela e Lampião. Como? Contando ao rapaz a admiração da filha por ele. Dias depois, Lampião estava passando pela fazenda e viu Maria. Foi amor à primeira vista. Com um tipo físico bem brasileiro: baixinha, rechonchuda, olhos e cabelos castanhos Maria Bonita era considerada uma mulher interessante. A atração foi recíproca. A partir daí, começou uma grande história de companheirismo e (por que não!) amor.
Um ano depois de conhecer Maria, Lampião chamou a “mulher” para integrar o bando. Nesse momento, Maria Bonita entrou para a história. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de um grupo do Cangaço. Depois dela, outras mulheres passaram a integrar os bandos.
Maria Bonita conviveu durante oito anos com Lampião. Teve uma filha, Expedita, e três abortos. Como seguidora do bando, Maria foi ferida apenas uma vez. No dia 28 de julho de 1938, durante um ataque ao bando um dos casais mais famosos do País foi brutalmente assassinado. Segundo depoimento dos médicos que fizeram a autópsia do casal, Maria Bonita foi degolada viva.
Os filhos do rei do Cangaço:
Enigmático é o mundo do cangaço, ainda mais pela forma e o tempo de seus participantes resguardarem seus acontecimentos. Os últimos remanescentes, só agora, quando beirando os cem anos de idade, estão revelando seus segredos. Por longos anos, os fatos vivenciados foram trancados nos baús do esquecimento e lacrados com a chave da fidelidade da palavra empenhada. O tempo cuidou de reparar as falhas do passado e se fazer sentir a urgência de registrar seus marcantes episódios. Grande prejuízo para a história recente do nosso país, seria a perca dos relatos desses homens e dessas mulheres que viveram nas Caatingas, as conseqüências de uma luta ainda tão marcante para nosso povo do Sertão Nordestino.
Misteriosa obediência ao segredo carrega o Sertanejo, como se fosse parte inseparável o segredo e a honra. Alicerço-me no depoimento de Firmina Maria da Conceição, "Dona Cabocla", cozinheira e lavadeira do bando de Lampião, que prestes a completar 102 anos de idade, no próximo mês de maio, lamentou ter me contado sua vivência com o Rei do Cangaço, se arrependendo de ter relatado sua relação dos préstimos de serviços ao cangaceiro, achando que mesmo hoje, o segredo deveria ter ficado guardado, só o confidenciando por insistência da filha Maria. Por tamanha devoção e fidelidade cresceu minha admiração e respeito a essa mulher que é hoje parte da nossa história recente. É este um dos mais sinceros e puros exemplos de lealdade.
Por ser Lampião a figura central do cangaço, sendo o maior expoente desse capítulo da história, o estudo referente ao tema tem recaído sua maior parte sob seus rastros. Diante do mínimo vestígio de fundamento, nós nos defrontamos com a questão inevitável de transmiti-la. Os caminhos trilhados buscam os fatos inéditos, seguindo uma infindável legião de admiradores e estudiosos ávidos a alcançarem os novos achados em busca deles tenho me dedicado a longos dez anos de uma extensa pesquisa. Dentre os fatos mais marcantes conseguido neste longo trajeto, foi a descoberta de um filho de Lampião e Maria Bonita. Das quatro gestações da Cangaceira, sabíamos apenas sobre Expedita Ferreira da Silva, ainda viva e residindo em Aracaju. Quando comecei a escrever o livro: "A Trajetória Guerreira de Maria Bonita, A Rainha do Cangaço", sempre que perguntava aos meus entrevistados detalhes sobre os gêmeos Arlindo e Ananias, irmãos de Maria Bonita, ou obtinha o silêncio por resposta ou escutava um curto e desafiador resmungar: Ananias não é irmão de Maria Bonita não!
Tive que me desdobrar para conseguir alguém que me explicasse mais abertamente essa afirmativa. Durante dias busquei os informes dos familiares e amigos que conviveram com Maria Bonita nos conturbados dias do cangaço. Um dos primos de Maria, um senhor chamado Manuel Maria dos Santos, apelidado por "Seu Nequinho", um ex-barqueiro acostumado atravessar, junto com o pai, os cangaceiros que cruzavam o milenar Rio São Francisco, foi o primeiro a confidenciar: Ananias é filho de Lampião e Maria Bonita! Aqui todo mundo sempre soube desse segredo, agora que na época de Lampião quem era doido de andar com uma conversa dessa!
Seu Nequinho ainda indicou mais algumas fontes que poderiam atestar o que ele estava dizendo e fui buscar a comprovação. Dentre as pessoas que fizeram seus relatos (e os tenho todos filmados para futuras comprovações) pode-se encontrar Servina Oliveira de Sá (prima de Maria Bonita), Eribaldo Ferreira Oliveira (sobrinho de Maria Bonita), os irmãos Osvaldo, Olindina e Maria Martins de Sá (primos de Maria Bonita), Firmino Martins de Sá (foi casado com a prima e melhor amiga de Maria Bonita: Maria Rodrigues de Sá), estes são alguns dos que confirmaram a história que se segue:
Dona Maria Joaquina Conceição Oliveira, "Dona Déa", mãe da Rainha do Cangaço, estava grávida e por coincidência Maria Bonita havia engravidado quase que na mesma época. Por questão de aproximadamente dois dias, as duas mulheres viram nascer seus rebentos. Mãe e filha gerando vidas e fazendo crescer sua descendência.
Pelas dificuldades impostas pela luta travada nas caatingas, onde cangaceiro vivia permanentemente em fuga, lutando contra as perseguições da polícia, filho era um entrave, levando perigo aos componentes do grupo e sofrendo as conseqüências da vida atribulada. Os filhos nascidos no cangaço, sempre iam cair nos braços de alguma autoridade política ou religiosa e às vezes enviados aos simples catingueiros, quando dotados da extrema confiança do cangaceiro. Duro castigo para as mães que tinham que ver seus filhos serem criados por outras pessoas.
Maria Bonita dera a luz, Lampião arquitetou deixar o filho com a sogra, para que ela criasse as crianças como se fossem gêmeas e assim aconteceu. O filho de Dona Déa ganhou o nome de Arlindo Gomes de Oliveira e o filho de Lampião e Maria Bonita foi batizado como Ananias Gomes Oliveira. O Ananias ainda esta vivo, residindo em São Paulo, o Arlindo faleceu recentemente. Era fácil observar as diferenças entre os irmãos: Arlindo era baixo e claro, Ananias é alto e moreno, ganhando por sua cor escura, o apelido de "Pretão".
Dos depoimentos que se tem registro daquela época, o mais contundente é o deixado por José Mutti, major reformado do exército, que foi casado com Antonia Oliveira (irmã de Maria Bonita) e que escreveu o livro: Reminiscências de um ex-comandante de volante, que retrata com detalhes sobre a descoberta desse segredo, vejam a parte do capitulo que trata do mistério: "... ao chegar nos Picos do Tará, encontrei meus sogros arranchados numa frondosa quixabeira. Mandei construir dois quartos pra eles. encontrei duas crianças de dois anos cada. Tendo perguntado de quem eram filhos, dona Déa disse-me que eram mabaços (gêmeos) e eram seus filhos. As crianças eram completamente diferentes. O Arlindo sim, era parecido com a família, mais o Ananias era trigueiro (moreno escuro), não podia ser do mesmo casal José Filipe e Déa. Deu-me o estalo de "Vieira" será o Ananias, filho de Lampião e Maria. Comecei a perseguir a sogra:"Dona Déa, diga-me quem é o pai de Ananias, o Ananias não é filho da senhora e do José Filipe. Se a senhora disser de quem é filho o pretão (apelido do Ananias) eu guardo segredo até a morte. "Tanto persegui minha sogra para saber quem era o pai de Pretão, que um dia ela me disse "O Pretão é filho do homem" (a família de Maria Bonita tratava Lampião de "O HOMEM"), fiquei satisfeito e não falei mais no assunto".
Ai está desvendado mais um dos mistérios do cangaço e para registro histórico, vale salientar que Ananias concordou fazer o exame de DNA, sendo coletado sangue de dona Mocinha (irmã de lampião), de Arlindo (o irmão que se diz gêmeo) e do irmão Ozéas Gomes. O exame anda em sendo movido por meios judiciais uma vez que a Expedita e a Vera Ferreira (filha e neta de Lampião e Maria Bonita) se negaram a fazer os exames.
Outro caso que foi bastante difundido foi o caso de João Peitudo, outro suposto filho dos Reis do Cangaço, mais um que tentou em vão se aproximar da família e não obteve resultados.
Continuando no campo da pesquisa histórica, vasculhando as fontes que trazem alguma ligação com o cangaço, acabo de descobrir outro filho de Lampião, na cidade de Chorrochó, Bahia. Ele é família dos famosos "Engrácias", as primeiras pessoas que mantiveram contato com Lampião quando ele entrou no estado da Bahia, tendo vários membros dessa família seguido os cangaceiros. Alguns se tornaram famosos, como: Cirilo de Engrácia, Antônio de Engrácia, Zé Sereno, Zé Baiano, Arvoredo e Corisco.
Da família dos "Engrácias" um dos grandes coiteiros de Lampião nessa região foi João Ramos de Souza, conhecido por todos como Joãozinho. Entre as filhas desse coiteiro Lampião se engraçou da jovem Helena e com ela teve um caso, poucos dias depois a menina-moça apareceu grávida e O Rei do Cangaço para resguardar a honra da jovem e não desmoralizar a família que tanto lhe dava guarida, tomou uma rápida e sábia decisão: Pagou uma alta quantia a um rapaz, Simão Alves dos Santos, para que ele casasse com Helena e assumisse a paternidade do filho do cangaceiro. Simão topou o acordo e assim foi feito, nascendo a criança no dia 13 de agosto de 1930, sendo batizada com o nome de José Alves dos Santos. O parto foi realizado por dona Lídia, mãe do cangaceiro Zé Sereno. Durante muito tempo as conversas sobre esse caso foram mantidas em segredo, temendo a população que Lampião fosse sabedor que a conversa havia se espalhado. Quando Lampião morreu e o cangaço se extinguiu as brincadeiras começaram a surgir e os amigos de José Alves sempre o perturbavam relacionando-o como filho de Lampião. Os comentários tornaram-se freqüentes e as pessoas de mais idade sempre tocavam no assunto.
José Alves dos Santos ainda encontra-se vivo e residindo em Chorrochó, nas mesmas terras onde seus pais o criaram, estive recentemente com ele onde realizei extensa entrevista e ele concordou em fazer um exame de DNA para realmente comprovar o que os fatos indicam. Os testes estão em andamento e só o tempo dirá se ele é realmente mais um filho gerado nas caatingas do Sertão Nordestino, mais um rebento descendente de Lampião, mais um fruto evidenciado de um farto capítulo da nossa história recente, a história do Cangaço, capítulo ainda tão latente, tão presente nos carrascais do nosso povo do Sertão.

18 de out. de 2011

UMA EM CADA SETE PESSOAS DO MUNDO PASSA FOME, DIZ PMA

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) consideram que a situação da fome no mundo é alarmante, devido ao constante aumento da população mundial e a forte alta dos preços dos alimentos.
"Uma em cada sete pessoas no mundo vai dormir com fome, a maioria delas mulheres e crianças", manifestou Lauren Landis, diretora do escritório do PMA em Genebra durante a inauguração de uma exposição para denunciar este problema.
Lauren, que apresentou no Palácio de Nações a mostra "Lutando contra a fome juntos", lembrou que "a fome mata mais pessoas a cada ano do que a Aids, a malária e a tuberculose".
O objetivo da FAO e do PMA é alertar sobre este problema para encontrar soluções para a atual volatilidade do mercado de alimentos e conseguir passar de uma situação de crise a uma de estabilidade que garanta comida para toda a população.
Entre 2005 e 2008, os preços dos alimentos alcançaram seu nível mais alto dos últimos 30 anos, com aumentos preocupantes em itens básicos como milho, que subiu 74% nos últimos 18 meses e o arroz, que subiu 166%.
Esta situação causou revolta na população, que respondeu com episódios de agitação civil em mais de 20 países da África. A situação se agravou com a crise econômica internacional em 2008 e a posterior atuação de especuladores.
Abdesselam Ould Ahmed, diretor do escritório da FAO em Genebra, explicou à Agência Efe que "a situação se tornou dramática a partir de 2008, quando os preços alcançaram uma alta histórica e quase dobraram num período de três a quatro anos".
"Após a queda em 2009, estamos outra vez com os preços em uma situação de alta. O quadro agora é mais dramático pelo aumento dos preços, a crise e outros problemas que limitam a capacidade do setor agrícola em suprimir a demanda", disse.
Ahmed ressaltou que há "muitas razões por trás da alta dos preços". Entre estas destacou que "a cada ano há 80 milhões de bocas a mais para alimentar no mundo" e os países em desenvolvimento elevam seu nível de vida, aumentando a pressão alimentícia.
"Estes países aumentaram o consumo de carne e de outros alimentos nutritivos que precisam de uma produção intensiva, principalmente no que se refere ao consumo de cereais", afirmou.
Ressaltou o papel importante dos especuladores, "há grandes investimentos em jogo no mercado de alimentos para aproveitar a situação atual, o que está intensificando a alta dos preços e a volatilidade".
O representante da FAO afirmou que a atual crise de fome que afeta milhares de pessoas no Chifre da África deve servir como alerta para outros países que podem sofrer com situação similar no futuro.
"Muitos países estão expostos a crises desse tipo. É uma crise complexa, com um país destruído pela guerra, mas uma escassez como esta pode se repetir em outros lugares, onde se combinem a seca, os altos preços dos alimentos e a instabilidade", advertiu.
Fonte: Terra Notícias

17 de out. de 2011

AS DEZ LIÇÕES MAIS IMPORTANTES DE STEVE JOBS...

As 10 lições mais importantes de Steve Jobs

Steve Jobs faleceu aos 56 anos de idade. Ao longo das últimas horas a notícia tem sido capa dos sites mais importantes do mundo, incluindo a homepage da Google, que mostrou mais uma vez, que acima dos negócios, da concorrência, e de todo o resto, deve estar o humanismo e o respeito pelo próximo. Os noticiários abriram o dia com a notícia da morte de Steve Jobs, e o mundo ficou um lugar mais pobre.O Twitter ficou inundado de mensagens de apoio, tristeza e admiração pelo líder e visionário que Steve Jobs foi, com as hashtags #RIP SteveJobs e #ThankYou Steve a liderar praticamente os rankings em vários países por todo o mundo. O Facebook está recheado de fotografias, vídeos e citações incríveis de Steve Jobs.Para quem é fã dos produtos produzidos pela Apple, a ligação a Steve Jobs é sem dúvida natural. Steve Jobs conseguiu mudar a forma como todos nós vemos o mundo, interagimos uns com os outros, ou simplesmente a forma como transportamos a internet no nosso bolso. Foi sem dúvida um visionário, que conseguiu deixar a sua marca no Universo em que todos vivemos, ao ponto de muitos de nós, termos sabido da sua morte, através de um aparelho que o próprio inventou. Como disse Bill Gates no seu comunicado após a morte de Steve Jobs: “I Will Miss Steve Immensely”. Todos nós iremos sentir a sua falta, por diversas razões.Steve Jobs ensinou-nos, a todos nós, muitas lições sobre empreendedorismo, liderança, criatividade e acima de tudo, sobre saber viver. Tome nota destas lições e aprenda a ser um visionário também, sabendo concretamente para onde você desenha caminhar e que objetivos pretende atingir.Numa das suas citações mais populares, Steve Jobs referiu um aspecto muito importante, que infelizmente muitos de nós ainda não conseguimos atingir. Tome nota:“Your time is limited, so don’t waste it living someone else’s life.” – Steve JobsBasicamente, esta citação encaixa-se perfeitamente em todos aqueles que perdem mais tempo criticando ou desdenhando o trabalho dos seus concorrentes, do que propriamente a fazerem algo para mudar o mundo, ou simplesmente ajudar os outros.
1. A SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR
O primeiro aspecto que salta à vista é a questão da saúde. Por mais empreendedor que você seja, por mais dinheiro que você tenha, por mais incrível que seja o seu trabalho, a sua saúde é e será sempre, muito mais importante que tudo isso. Se você, tal como eu, passa dezenas de horas sentado em frente a um computador, pense também na importância do exercício físico e numa alimentação saudável. Junte-se a um grupo de amigos para correr, jogar futebol ou simplesmente inscreva-se num ginásio. Quanto mais você trabalhar com foco na sua saúde, melhores serão os seus rendimentos na sua vida profissional.
2. CONECTE OS PONTOS
No seu discurso à Universidade de Stanford, Steve Jobs disse: ‎“(…)É impossível ligar os pontos olhando para a frente, consegue-se apenas olhando para trás. Mas se acreditar que no final os pontos se ligarão, terá confiança para seguir o coração e isso fará a diferença(….)”. Se você perdeu o emprego, está passando dificuldades, ou simplesmente não está conseguindo rentabilizar o seu trabalho, não desanime. Continue trabalhando, procurando, estudando e tentando novas formas de dar a volta por cima. Por vezes aquilo que achamos que é o pior que nos podia acontecer, acaba sendo uma janela de oportunidades incríveis para o futuro.
3. DEDIQUE-SE ÀQUILO QUE VOCÊ MAIS GOSTA
No seu discurso para a Universidade de Stanford, Steve Jobs referiu a importância de você fazer aquilo de que mais gosta, ser curioso e procurar constantemente novos desafios e oportunidades para aprender mais. este ensinamento é sem dúvida um dos mais importantes. Por mais que você queira ganhar dinheiro, o mais importante, na verdade, não é o dinheiro que você ganha, mas sim o prazer que você consegue extrair daquilo que faz.Foi esse prazer por tipografia, usabilidade, interfaces e computação que fez com que o primeiro Macintosh tivesse tipos de fontes que ainda hoje são usadas em computadores pessoais como esse que você tem em casa.“Do you want to spend the rest of your life selling sugared water or do you want a chance to change the world?” – Steve Jobs.
4. O SUCESSO REQUER TEMPO
Steve Jobs iniciou a Apple com o seu colega Steve Wozniak e na verdade o sucesso da empresa demorou 10 anos. Esse foi o tempo necessário para a marca Apple tornar-se numa empresa no valor de 2 bilhões de dólares e uma referência de mercado. O sucesso demora tempo e requer muito trabalho e dedicação. O sucesso é algo que se conquista ao longo do tempo, com dedicação, empenho e acima de tudo muito trabalho.“Being the richest man in the cemetery doesn’t matter to me … Going to bed at night saying we’ve done something wonderful… that’s what matters to me.” – Steve Jobs.
5. RECOMEÇAR DO ZERO NÃO SIGNIFICA PERDER TUDO…
Aos 30 anos de idade, Steve Jobs foi oficialmente afastado da Apple. A empresa tinha crescido tanto, que foi necessário integrar uma outra pessoa para correr a empresa lado-a-lado com Steve Jobs. No primeiro ano correu tudo bem, mas aí começaram as divergências ao nível da visão de futuro, e ambos acabaram entrando em brigas e discussões que levaram a direção executiva da Apple a dispensar os serviços de Steve Jobs. A verdade é que ser afastado de uma empresa que você próprio criou não significa ter de começar tudo do zero…significa que você pode dar a volta por cima e mostrar que é realmente talentoso. E foi precisamente isso que Steve Jobs fez.Com a sua saída da Apple, Steve Jobs teve a possibilidade de voltar a ser um iniciante sem qualquer tipo de pressão no mundo empresarial, e isso fez com que entrasse num dos períodos mais criativos da sua vida profissional, tendo criado duas empresas: A Pixar, que desenvolveu o filme de animação Toy Story e foi comprada pela Disney por 7 bilhões de dólares, e a NeXT, uma empresa de tecnologias para computadores que foi comprada pela Apple, e que fez com que Steve Jobs regressasse novamente à sua empresa mãe.“I’m convinced that about half of what separates the successful entrepreneurs from the non-successful ones is pure perseverance.” – Steve Jobs.
6. AME AQUILO QUE VOCÊ FAZ
Se você quer ter sucesso e/ou ficar na história, você tem obrigatoriamente de amar aquilo que faz. Dificilmente alguém é reconhecido pelo seu sucesso fazendo algo que detesta. Se ainda não encontrou aquilo que ama, continue procurando. É certo que um dia encontrará.“I want to put a ding in the universe.” – Steve Jobs.
7. APRENDA A MUDAR
Uma das citações mais famosas de Steve Jobs é “Se você vive cada dia como se fosse o último, um dia você acerta”. Mas esta citação vale muito mais do que aquilo que se consegue ler. Esta citação significa mudança. Steve Jobs, olhava no espelho todos os dias e perguntava para si próprio: “Se hoje fosse meu último dia de vida, eu desejaria estar fazendo o farei hoje?”. Quando a resposta era negativa vários dias seguidos, Steve sabia que tinha de mudar alguma coisa. Isto significa que quando você não tem prazer fazendo aquilo que faz, você tem obrigatoriamente de mudar e procurar um novo caminho, uma nova abordagem. Só dessa forma você conseguirá retirar prazer da sua vida profissional e alcançar mais facilmente o sucesso.“I’m as proud of what we don’t do as I am of what we do.” – Steve Jobs.
8. NÃO SE PREOCUPE COM O QUE OS OUTROS PENSAM
Quando você sabe concretamente o que pretende atingir e para onde deseja se direcionar, aquilo que os outros falam ou pensam, pouco interessa. O mais importante no mundo é você seguir o coração e fazer aquilo que deseja fazer, sem medo de falhar ou errar. Não tenha medo daquilo que as pessoas pensam ou falam sobre você, quando você tem a certeza do caminho que pretende percorrer para atingir os seus objetivos.“You can’t just ask customers what they want and then try to give that to them. By the time you get it built, they’ll want something new.” – Steve Jobs.
9. PROCURE SEMPRE MELHORAR
Numa outra das suas citações mais populares, Steve Jobs diz “Sejam tolos, sejam famintos”. O que isso significa concretamente é que você deverá sempre procurar ser melhor do que é, ou simplesmente melhorar aquilo que já tem consigo. Você irá sempre conseguir melhorar. Nunca estar satisfeito com aquilo que se tem, é extremamente importante para se conseguir melhorar e alcançar novos objetivos. Procure estudar mais, investir mais em si e nos seus projetos e melhorar a cada dia que passa.“Remembering that I’ll be dead soon is the most important tool I’ve ever encountered to help me make the big choices in life.” – Steve Jobs.
10. SEJA SEMPRE HUMILDE
A humildade é algo que não nasce com todos nós, pelo que é necessário cultivá-la. Intitular-se como “O melhor” ou “O Guru” não faz de si um profissional mais humilde, antes pelo contrário. Deixe que sejam os outros a definir o seu grau de qualidade. Deixe que sejam as críticas a dizer quem você é, e resuma-se simplesmente a tentar fazer melhor a cada dia que passa. Steve Jobs foi sempre, durante o seu reinado, um profissional humilde e respeitador, e essa é a razão pela qual o mundo inteiro, hoje, admira o trabalho que realizou em vida.

3 de out. de 2011

A IMPORTÂNCIA DA SOCIOLOGIA EM TODAS AS FASES DO ENSINO PARA A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA E CIDADÃ

Por que a Sociologia é importante?
O ensino da Sociologia, é obrigatório para o Ensino Médio desde 2008. Mas especialistas garantem que ela é fundamental também para crianças.
23/09/2011 18:14
Texto Ligia Menezes

Foto: Cláudia Marianno

A sociologia pode ser de grande ajuda à formação de jovens e crianças, saiba mais sobre essa matéria.
Por que as pessoas pensam e agem de forma tão diferente umas das outras? Por que algumas têm muito dinheiro, enquanto outras dormem nas ruas? Por que o que parece certo para uma é totalmente errado para outra? Toda criança já questionou algo do tipo para os pais. É comum os pequenos terem dúvidas sobre a sociedade em que vivem. Pois a Sociologia tem o objetivo de responder essas questões e ensinar o funcionamento das interações pessoais. "Diferentemente da Psicologia, que estuda o individuo, a Filosofia, que explica as idéias e o conhecimento, a Sociologia observa a sociedade agindo sobre as pessoas e as instituições, buscando apontar na sua dinâmica, contradições e regularidades", ensina o sociólogo Mario Miranda Antonio Junior, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
Não é à toa que, desde 2008, a matéria não é considerada mais extracurricular . Pelo contrário, há três anos foi aprovada a lei 11.684, que obriga o ensino de Sociologia no Ensino Médio em todas as escolas brasileiras. "Muitas ministram o curso com outro nome, como Ação e Cidadania, porém, o conteúdo é bem próximo ao das Ciências Sociais", diz o cientista social Rafael Araújo, coordenador da Escola de Sociologia e Política de São Paulo e professor da PUC-SP.
É preciso ficar atento pois muitas escolas enxergam a matéria como um custo desnecessário. "Há aquelas escolas, por exemplo, que entregam as aulas nas mãos de professores de outras disciplinas, que não têm formação em sociologia, para não precisarem contratar mais gente", aponta Roberto Ravena Vicente, sociólogo e professor da matéria no colégio Ítaca, em São Paulo.
Tire suas dúvidas sobre a importância dessa matéria para as crianças:
O que é a Sociologia?
É a ciência que estuda a sociedade e as regras de seu funcionamento. "Ela avalia a interação entre os indivíduos e seus desdobramentos na formação de grupos, associações e instituições", diz o cientista social Rafael Araújo, coordenador da Escola de Sociologia e Polí tica de São Paulo e professor da PUC-SP.
Estudar Sociologia é importante?
Como a maioria das escolas não oferece aulas de sociologia para os Ensinos Infantil e Fundamental, a participação dos pais deve ser dobrada. As noções da matéria devem ser introduzidas desde a alfabetização dos pequenos, de forma bem sutil, com noções de cidadania, ensinamentos sobre as regras de trânsito e respeito ao próximo.
"Esses são temas que interessam à sociologia e que podem ser debatidas com crianças ainda muito jovens", diz o cientista social Rafael Araújo. A complexidade desses conhecimentos deve ser aumentada com o passar do tempo. Muitas escolas passam esses ensinamentos por meio da disciplina de Estudos Sociais, importantíssima na opinião dos especialistas.
"Aos poucos, a criança conseguirá entender a sociedade e começará a pensar sobre ela, sobre situações cotidianas de exclusão, privação ou conflitos que causam inquietação, insegurança e estranhamente", completa o sociólogo Mario Miranda Antonio Junior, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
O ensino da Sociologia é essencial às crianças?
Sim. A sociologia desenvolve o ‘espírito de cooperação’, incentiva a responsabilidade e o cuidado com o mundo de forma consciente. "Com a sociologia, a criança aprende a conviver em grupos e desenvolve senso de responsabilidade pelo outro e pelo espaço, além de compreender a importância de regras", cita o cientista social Rafael Araújo. Dessa maneira, vai aprendendo a ser cidadã.
Qual é a importância da Sociologia para adolescentes?
Para os adolescentes, a Sociologia é importante para compreender como é possível existirem tantas pessoas diferentes, com perspectivas e vontades distintas e mais, como elas conseguem conviver juntas no mesmo espaço.
A adolescência é um período de transformações físicas e psicológicas, onde surgem muitos questionamentos e conflitos. "Entendendo a dinâmica da sociedade e sua importância enquanto individuo, fica mais fácil situar-se e ajustar-se", explica o sociólogo Mario Miranda Antonio Junior. Além disso, a sociologia permite ao jovem dosar sua liberdade de ação e compreender sua importância e a necessidade de colaborar com as pessoas.
Por que seu ensino não era obrigatório antes de 2008?
Durante o período militar, as disciplinas de Sociologia e Filosofia foram excluídas do currículo escolar, devido à censura. Depois, foram voltando gradativamente, até que em 2008, foi aprovada a lei 11.684, que torna obrigatória sua prática para o Ensino Médio.
Como são as aulas de Sociologia nas escolas?
Depende de cada escola. O ensino da Sociologia não precisa ser interativo nem exigir debates em sala, por exemplo. Ele pode trabalhar conceitos, como em uma aula de História. Pode ainda trazer esses conceitos para o presente, exemplificando com o próprio cotidiano dos alunos. Tudo vai depender do professor e claro, da maturidade dos alunos em sala.
Para o professor Roberto Ravena Vicente, do colégio Ítaca, achar que a aula de Sociologia deve ser mais dialogada do que as outras é um engano muito comum. "Acontece que, diferentemente de outras áreas, nós trabalhamos com temas que os alunos já têm opiniões e ideias prévias. Daí a opção de muitos professores em valorizar as ideias como forma de motivar os alunos e incentivar sua participação. O desafio, nesse caso, é não ficar no senso comum", diz.
Não é preciso florear ou usar artifícios para que os estudantes entendam a matéria. Claro que há um enfrentamento dos textos, que são complexos, mas os alunos dão conta, avisa Roberto. "Principalmente quando percebem a relação direta com a sociedade em que vivem", conta.
Quais são as vantagens de aprender Sociologia na escola e não apenas na faculdade?
- Desenvolve o senso crítico em relação à sociedade e a autocrítica;
- Instiga o jovem a questionar informações, pois desperta a curiosidade;
- Mostra o que é espaço público e o que é privado;
- Possibilita a compreensão de como funcionam os grupos e a dinâmica de inclusão e exclusão;
- Ensina a respeitar o diferente, a aceitar culturas e realidades distintas;
- Afasta o estudante do senso comum, capacitando-o a formar idéias de qualidade sobre o mundo e sobre a própria vida.
Sociologia cai no vestibular?
Sociologia não costuma cair no vestibular do estado de São Paulo, porém, para muitas faculdades tradicionais - públicas e privadas - do país, questões da matéria são exigidas. No Enem , ela também está presente. Por isso, os especialistas não hesitam em dizer que estudar sociologia pode ajudar o vestibulando, sim. Entenda: as leituras obrigatórias da sociologia e as discussões que ela inclui só têm a colaborar para o bom desempenho do aluno no vestibular. "Se eles vão escrever sobre cotas raciais, que é um tema bem próximo a eles. Graças à sociologia, eles sabem a diferença conceitual que existe entre raça e etnia ou entre preconceito e discriminação", diz o professor Roberto Ravena Vicente.

Fonte:http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/sociologia-importante-641082.shtml, in 03/10/2011.

Segundo Ricardo Antunes de Abreu (Sociólogo na empresa Prefeitura de Guarulhos) “ a FNS-Federação Nacional dos Sociólogos - www.fns-brasil.org foi contactada pela Editora Abril para um entrevista sobre "Sociologia". Indicamos o sociólogo Mario Miranda que, exemplarmente soube expor a magnitude de nossa ciência. Parabéns!”