CIÊNCIAS SOCIAIS

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25 de fev. de 2013

NOVO FEDERALISMO-2


Com jeito de candidato, Eduardo Campos diz que não adianta o Brasil crescer sem um novo Pacto Federativo
            POSTADO ÀS 13:55 EM 25 DE FEVEREIRO DE 2013
Foto: reprodução do Instagram
Palestrante no seminário "Nordeste: Como enfrentar as dores do cresimento", o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, defendeu mais uma vez a discussão de um novo Pacto Federativo, colocando o debate como fundamental para o crescimento do País e a superação das desigualdades regionais.

Repetindo o discurso em que faz uma retomada das últimas gestões no País, Eduardo afirmou que é preciso "aprender que foi importante o Brasil crescer e pôr fim à inflação. Foi importante o Brasil crescer e distribuir renda. Mas é importante crescer no século 21 reduzindo as desigualdades regionais". As referências são claras ao período de oito anos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) à frente da Presidência da República, seguido dos anos do PT (Lula e Dilma Rousseff) e, agora, seria a hora de um pós-PT.

E o desenvolvimento regional com a diminuição da desigualdade entre as regiões se daria pelo fortalecimento das lideranças locais, dando mais autonomia aos estados e municípios da federação. Mas como se daria essa mudança? Com um novo Pacto Federativo. E esta bandeira é carregada por Eduardo Campos, que lidera debate sobre o tema no País.

Mas ele diz não estar pensando em campanha. "A hora é de juntar o Brasil", pede. Mas sem poupar as críticas à gestão "aliada".

"O País não tem uma política de desenvolvimento regional que se torne um sistema. O país tem iniciativas, fundos, políticas setoriais para a região. Até houve um esforço em 2002 para definir a política, mas que não se tornou um sistema".

"Em 2012, o governo federal fez encontros dos Estados para desenhar esta política. E terá uma conferência no final deste semestre, em Brasília, para definir a política e o sistema. Acho uma bela iniciativa que precisamos aproveitar para que ela efetivamente crie na institucionalidade brasileira uma política que não dependa do governante 'A' ou 'B', mas do País."

Ao falar sobre as guerras fiscais que os estados travam para conseguir atrair os investimentos, Eduardo Campos afirmou que a estratégia é algo superado. "O que precisamos é de incentivos em tributos federais para que direcionem investimentos para as áreas mais adequadas no país, como fez a União Europeia na experiência de sua unificação", pregou.

CARTA 
- Enquanto Eduardo Campos conversava com a imprensa, a jornalista e empresária Manuela Carta, da Carta Capital, escutava atentamente, chegando a fechar os olhos em alguns momentos para se concentrar melhor. Um metro nas costas de Eduardo Campos, Manuela não parecia muito alegra com o discurso de Eduardo.

O governador, ao encerrar sua palestra, fez muitos elogios à Carta Capital - revista que defendeu publicamente as candidaturas petistas nas últimas eleições. Campos agradeceu o espaço e pediu que a publicação continuasse "ouvindo os anseios dos que querem melhorias para o País".


Fonte: Blog do Jamildo

21 de fev. de 2013

RETIRANDO DO BAÚ 13: DATAS COMEMORATIVAS DE PERNAMBUCO-LEMBRANÇAS DE UMA HISTÓRIA QUE VEZ POR OUTRA, AQUI E ACOLÁ SE REPETE E JAMAIS DEVEMOS ESQUECER E NOS CONFORMAR...

   
Brasão da Cidade do Recife: Símbolos de fé, força e esperança completam o visual da bandeira do Recife. São eles: a cruz, representando a colonização portuguesa, que trouxe o cristianismo para o Brasil; o leão neerlandês coroado, em amarelo, remetendo ao escudo de armas de Maurício de Nassau e ao Leão do Norte, apelido adquirido por Pernambuco pelo seu potencial histórico de lutas e, por fim, o sol e a estrela, ambos em amarelo, aludindo ao nosso astro maior e à representação da república brasileira, considerada originária das terras pernambucanas, através do movimento de 1817. 
Brasão do Estado de Pernambuco: O brasão de Pernambuco foi oficializado pelo governador Alexandre José Barbosa Lima (1892-1896), em 1895. O leão representa a bravura do povo pernambucano; os ramos de algodão e de cana-de-açúcar simbolizam riquezas do estado; o sol é a luz cintilante do equador; as estrelas são os municípios. Ainda estão no brasão o mar de Recife e o farol do Forte da Barra, de onde se vê a cidade de Olinda. Na faixa, aparecem as datas históricas mais importantes do Estado: 1710 (guerra dos Mascates), 1817 (Revolução Pernambucana), 1824 (Confederação do Equador) e 1889 (Proclamação da República).

Datas dos Brasões e Seus Significados: 

1537= Fundação do Recife;
1637= Expulsão dos holandeses de Recife;
1710= Guerra dos Mascates: Confrontaram-se os senhores de terras e de engenhos pernambucanos (aristocracia), concentrados em Olinda, e os comerciantes portugueses do Recife, chamados pejorativamente de mascates. Em 1711 os mascates recifenses atacam Olinda, provocando incêndios e destruição em vilas e engenhos na região. O conflito finalizou com a Coroa Portuguesa nomeando outro governador para Pernambuco e a equiparação de Recife ao mesmo status de Olinda;
1817= Revolução Pernambucana (Revolução dos Padres): Dentre as suas causas destacam-se a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e a influência das idéias  Iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas. O movimento iniciou com ocupação do Recife, em 6 de março de 1817.   O movimento foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e de Frei Caneca. Tendo conseguido dominar o Governo Provincial, se apossaram do tesouro da província, instalaram um governo provisório e proclamaram a República. Tropas enviadas da Bahia avançaram pelo sertão pernambucano, enquanto uma força naval, despachada do Rio de Janeiro, bloqueou o porto do Recife. Em poucos dias 8000 homens cercavam a província. No interior, a batalha decisiva foi travada na localidade de Ipojuca. Derrotados, os revolucionários tiveram de recuar em direção ao Recife. Em 19 de maio as tropas portuguesas entraram no Recife e encontraram a cidade abandonada e sem defesa. O governo provisório, isolado, se rendeu no dia seguinte. Dominada a revolução, foi desmembrada de Pernambuco a comarca de Rio Grande (atual Rio Grande do Norte), tornando-se província autônoma. Essa havia sido anexada ao território pernambucano ainda na segunda metade do século XVIII, juntamente a Ceará e Paraíba, que também se tornaram autônomas ainda no período colonial, em 1799. Também a comarca de Alagoas, cujos proprietários rurais haviam se mantido fiéis à Coroa, como recompensa, puderam formar uma província independente.
1823= Mudança do nome de “Vila de Santo Antônio do Recife” para “Cidade do Recife”;
1824= Confederação do Equador: foi um movimento revolucionário, de caráter emancipacionista (ou autonomista) e republicano ocorrido em 1824 no Nordeste do Brasil. Representou a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de  D. Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de 1824, a primeira Constituição do país. A revolução queria a formação de uma república baseada na constituição da Colômbia. A dissolução da Assembleia Constituinte por D. Pedro I do Brasil em fins de 1823 não foi bem recebida em Pernambuco. Dois navios de guerra (Niterói e Piranga) foram enviados para Recife para fazer a lei ser obedecida. O comandante da pequena divisão naval, o britânico John Taylor. Não alcançou sucesso. Os Liberais se recusaram veementemente a reempossar Paes Barreto e alardearam: "morramos todos, arrase-se Pernambuco, arda à guerra". Em 2 de agosto o Imperador enviou uma divisão naval comandada por Cochrane, composta por uma nau, um brigue, uma corveta e dois transportes, além de 1.200 soldados liderados pelo Brigadeiro Francisco de Lima e Silva. As tropas desembarcaram em Maceió, capital da província de Alagoas, de onde partiram em direção a Pernambuco. As forças legalistas logo se encontraram com Paes Barreto e 400 homens que se uniram à marcha. Ao longo do caminho, as tropas foram reforçados por milicianos que aumentaram o contingente para 3.500 soldados. A maior parte da população de Pernambuco, que vivia no interior, incluindo os partidários de Paes Barreto e mesmo os neutros ou indiferentes a disputas entre as facções, permaneceu fiel a monarquia.
Enquanto isso, Cochrane, que já se encontrava em Recife bloqueado a cidade, buscou convencer Paes de Andrade a render-se e assim evitar mortes desnecessárias. Andrade recusou a oferta, alegando que preferiria morrer lutando "no campo da glória". Em 12 de setembro as forças terrestres lideradas pelo Brigadeiro Lima e Silva e Paes Barreto atacaram Recife. Manuel Carvalho Paes de Andrade, que jurara lutar até a morte, fugiu escondido sem sequer avisar a seus homens juntamente com Natividade Saldanha e partiram para um navio britânico. Os rebeldes, sem liderança e desmotivados, foram completamente derrotados cinco dias mais tarde. Alguns poucos liderados por frei Caneca lograram escapar e foram em direção ao Ceará. Acreditavam poder unir forças com os revoltosos daquela província. Poucas semanas mais tarde foram completamente derrotados por tropas legalistas. Alguns morreram, como João Soares Lisboa, e Alencar Araripe (assassinado por seus próprios homens), enquanto outros foram encarcerados, como Caneca. Não tiveram melhor sorte os rebeldes na Paraíba, que foram aniquiladas rapidamente por tropas da própria província. O processo judicial para apurar os culpados iniciou-se em outubro de 1824 e estendeu-se até abril de 1825. Das centenas de pessoas que participaram da revolta nas três províncias, somente 15 foram condenadas à morte, dentre elas, frei Caneca e Pe. Mororó. As execuções das lideranças puseram fim ao movimento, cujo lema era "Religião, Independência, União e Liberdade", e custaram a Província de Pernambuco a perda de parte de seu território (a antiga comarca de Rio São Francisco), incorporada à província da Bahia. O movimento deixou também um rastro de rivalidades mortais, estagnação econômica e confrontos políticos por toda a região. Todas as demais foram perdoadas por Pedro I em 7 de março de 1825.
1827= Elevação do Recife a condição de Capital Oficial do Estado de PE;
1889= Proclamação da República.
Fontes: http://www.pe.gov.br/conheca/simbolos; http://www.recife.pe.gov.br/pr/simbolos.php; http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Mascates; http://pt.wikipedia.org/wiki/Recifehttp://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/guerra-dos-mascastes/guerra-dos-mascastes-1.php

Comentários de Carmem: Apesar de proclamada a República há mais de 100 anos atrás, porventura não se comporta a República Brasileira ainda nos dias de hoje com resquícios absolutista monárquico seja pela presença de seus Coronéis (figuras existentes até o dia de hoje no cenário político brasileiro), seja por decretos/medidas provisórias emitidas de forma indiscriminada pelo Poder Federal Central onde o povo e as suas representações políticas das federações nem sequer são consultados sobre as decisões palacianas brasilienses que interferem diretamente nos destinos e autonomia Estaduais, sem considerar as peculiaridades e particularidades regionais e locais, sendo a última desses dias a Medida Provisória que passa a gestão dos Portos Estaduais para o Governo Federal?
Infelizmente (por descuido, herança e aparato jurídico e político atrasado, etc.), vez por outra, aqui e acolá a História se repete e, mais uma vez, de forma oculta devido a “objetivos dissimulados” (estratégias de um projeto de poder de um partido) emanados de um Poder Central, não estaria PE mais uma vez sendo punido por estar na vanguarda de muitas coisas e pela ousadia em aspirar novas coisas?
Eu hein, que coincidência...!!! Fazendo uma analogia, parece que mexer na memória histórica da família imperial no Brasil para realizar descobertas historiográficas em suas catatumbas conforme ocorrido recentemente está contribuindo para cada vez mais despertar e aguçar  algo estranho (práticas estranhas) em algumas pessoas e instituições republicanas, coisas estas que apesar de estranhas ao mesmo tempo nós, pernambucanos(as), bem conhecemos e jamais devemos esquecer e nos conformar...   
Com certeza, realmente é urgente e precisamos de um novo Federalismo, um novo paradigma e uma nova forma de fazer política no Brasil...        

20 de fev. de 2013

REDE SUSTENTABILIDADE-UMA PROPOSTA DE UM NOVO PARADIGMA NA FORMA DE FAZER POLÍTICA NO BRASIL...


Postado em 19/02/2013 por Equipe Marina | Categoria(s): Geral

A #rede ajudará a quebrar o monopólio dos partidos

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“Há hoje um grande número de pessoas que não se identificam com o projeto de poder pelo poder, de dinheiro pelo dinheiro. Elas querem ser protagonistas, não espectadoras da política.” A avaliação foi feita ontem (18) pela ex-senadora Marina Silva durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. “Os partidos têm o monopólio do fazer político. A #rede que acabamos de criar é justamente para ajudar a quebrar esse monopólio”, disse.
Quem são os integrantes da #rede? “São donas de casa, trabalhadores, funcionários públicos, intelectuais, empresários. São cidadãos comprometidos com a sustentabilidade”, respondeu Marina à bancada de jornalistas.
A ex-candidata à Presidência da República lembrou que, antes, o ativismo político era “dirigido” pelos partidos, sindicatos e, depois, pelas ONGs. Hoje, com os meios modernos de comunicação, há uma nova forma de ativismo, o “ativismo autoral”, feito espontaneamente pelas pessoas. “Enganam-se os que acham que elas vêm pela ‘Marina’, elas vêm por uma causa”.
“O esforço que estamos fazendo é para ter uma nova ferramenta institucional que funcione quase como um Cavalo de Tróia dentro da forma como estão configurados os partidos políticos”, disse Marina. A ex-senadora citou, entre as inovações dessa ferramenta, o teto para as doações eleitorais de pessoas físicas e jurídicas, para que muitos contribuam com pouco, em vez de poucos contribuindo com muito.
Outra inovação da #rede, lembrou Marina, é a reserva de 30% das vagas nas eleições proporcionais para candidaturas independentes de cidadãos não filiados que representem movimentos sociais relevantes para o País. Outra novidade é a divulgação em tempo real das doações e dos gastos de campanha por meio da Internet, sugestão feita pelo senador Eduardo Suplicy (SP).
O próprio Encontro Nacional da Rede Pró-Partido, que decidiu pela criação da #rede, é um exemplo de uma nova maneira de fazer política. “Nós fizemos uma convenção que contou com 1.700 pessoas, cuja mobilização foi feita via rede. Um partido convencional gastaria cerca de R$ 700 mil com passagens, hospedagens e alimentação. No nosso encontro, pessoas vindas de todo o país bancaram R$ 500 mil com os próprios recursos. Isso já é um diferencial. Os 300 fundadores da #rede ratearam o restante”, afirmou Marina.
Para a ex-senadora, não basta ter transparência na política. “É preciso ter visibilidade. As novas tecnologias permitem que possamos fazer as coisas de forma cada vez mais visível”, afirmou.
Fonte: http://www.minhamarina.org.br/blog/2013/02/a-rede-ajudara-a-quebrar-o-monopolio-dos-partidos/
Comentário de Carmem: Há um bom tempo pessoas como eu esperávamos iniciativas como estas...Parabéns à Marina, à Heloísa Helena e aos seus colaboradores (articuladores e mobilizadores)...A rede já está nos Estados coletando as assinaturas para a formação desta nova forma de agremiação política e de fazer política...Aos interessados fiquem de olho nas mobilizações desta nova proposta...

ATENÇÃO: Para quem quiser já iniciar a coleta de assinaturas basta entrar no site http://www.brasilemrede.com.br/index.php#.USVgfh32-Jt, se cadastrar como colaborador, baixar o modelo de coleta de assinaturas e as instruções para a coleta das assinaturas...