CIÊNCIAS SOCIAIS

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28 de mai. de 2010

NOTÍCIAS DO "3" FÓRUM MUNDIAL DE ALIANÇAS DE CIVILIZAÇÕES

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em um discurso duro na abertura do "3" Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta Sexta-feira que o Brasil manterá seus esforços pela paz no Oriente Médio e fez duras críticas ao comportamento dos países desenvolvidos durante e após a crise financeira mundial.

"O mundo precisa de um Oriente Médio em paz. O Brasil não está alheio a essa necessidade. Defendemos um planeta livre de armas e o cumprimento do Tratado de Não-Proliferação (Nuclear)", disse Lula na abertura do evento.

O Presidente lembrou que recentemente esteve no Irã com o Primeiro-Ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, onde mediaram um acordo de troca de combustível nuclear com Teerã. No entanto, o acordo não impediu que potências Ocidentais, que suspeitam que o Irã busca armas atômicas, seguissem pressionando por novas sanções ao país.

"Esse é um conflito que ameaça muito mais a estabilidade de uma região importante do planeta... acreditamos que a energia nuclear deve ser um instrumento para promoção do desenvolvimento e não uma ameaça", disse.

Para Lula, as armas nucleares deixam o mundo mais inseguro e os arsenais são peças ultrapassadas e obsoletas de um tempo que ficou para trás.

O Presidente foi duro ao falar dos países desenvolvidos que, para ele, resistem a promover mudanças que deem maior protagonismo ao mundo em desenvolvimento após a crise financeira global.

"A crise financeira que se abateu sobre todos mostrou o quão necessário será contar com organizações multilaterais poderosas, à altura de um mundo cada vez mais diverso e multipolar. Mas constatamos grande resistência à mudança", disse.

"Incapazes de assumir seus próprios erros, alguns governantes buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos. Adotam medidas protecionistas que oneram bens e serviços e, ao mesmo tempo, se mostram lenientes com os paraísos fiscais, responsabilizam imigrantes pela crise social. A comunidade internacional precisa reagir". disse.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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