CIÊNCIAS SOCIAIS

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9 de mar. de 2011

HILLARY: EUA PRESSIONARÃO PARA QUE AS MULHERES INTEGREM TRANSIÇÃO ÁRABE


Hillary Clinton ri durante cerimônia no Departamento de Estado, em Washington, neste Dia Internacional da Mulher A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta terça-feira que os Estados Unidos farão pressão para que as mulheres sejam incluídas na transição democrática que se anuncia nos países árabes. "Nos próximos meses e anos, as mulheres do Egito e da Tunísia e outras nações terão os mesmos direitos que os homens para refazer seus governos e transformá-los em sensíveis, responsáveis, transparentes", afirmou. A chefe da diplomacia americana, que discursou durante a entrega do Prêmio Internacional Mulher de Coragem do Departamento de Estado, disse que o governo apoiará uma campanha em prol dos direitos das mulheres no Oriente Médio. "Os Estados Unidos respaldarão firmemente a proposta de que as mulheres devem ser incluídas em qualquer processo que seja iniciado. Nenhum governo pode triunfar se excluir metade de seus cidadãos das decisões importantes". Além disso, ela afirmou que as mulheres que participaram das manifestações no centro do Cairo (Egito), que culminaram com a renúncia do então presidente Hosni Mubarak, "estavam dizendo claramente que esperam ter uma voz e um voto no futuro". Por fim, a ex-primeira-dama lembrou a observação feita pelas mulheres egípcias, que lamentam que nenhuma especialista mulher tenha sido convidada a participar do comitê encarregado de redigir a nova constituição do país. "Naturalmente estaremos vigiando e o mundo vigiará", afirmou. Duas das dez mulheres homenageadas pelo prêmio do Departamento de Estado atuam na América Latina: a blogueira cubana Yoani Sánchez, que desafia a repressão do regime comunista com seus escritos de oposição, e a subprocuradora mexicana Marisela Morales Ibáñez, responsável por um programa de proteção a testemunhas. Como já aconteceu em outras ocasiões em que foi homenageada em premiações, Yoani não pôde viajar a Washington. A primeira-dama Michelle Obama, que estava presente à cerimônia, descreveu a ativista cubana como "uma jornalista e uma blogueira que conta histórias que ninguém mais escreve". "Quando foi censurada pelo Estado, ela continuou com o que chama de rede cidadã, uma rede de pessoas que moram fora de Cuba que a ajudam a publicar suas notas. Seus escritos são atualmente traduzidos para 15 idiomas", disse Michelle. Yoani que começou a publicar seus textos na internet em 2007, já foi ameaçada e até espancada pelo regime castrista, "deu voz às preocupações e aspirações de seus compatriotas" e elogiou Hillary Clinton. Já Ibáñez, recebeu pessoalmente seu prêmio, concedido por "sua incansável dedicação ao combate ao crime organizado e à corrupção", destacou a secretária de Estado. A presidente do Quirguistão, Rosa Otunbayeva, e a procuradora da província afegã de Herat, Maria Bashir, também foram premiadas.


Fonte: Terra Notícias.

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