Os milhares de manifestantes que nesta terça-feira foram às ruas do Egito protestar contra o regime de Hosni Mubarak aqueceram as redes sociais e conseguiram burlar o bloqueio imposto ao Facebook e Twitter.
As redes sociais foram fundamentais para articular os protestos dos opositores egípcios ao Governo de Mubarak, por isso as autoridades egípcias bloquearam alguns sites que emitiram os protestos ao vivo, como o Bambuser e os jornais digitais Dostor e Badil, informou nesta quarta-feira a Rede Árabe pelo direito à informação.
Esta plataforma, que defende a liberdade de informação, denunciou em comunicado que o Governo "deu mais um passo na repressão das liberdades civis".
"Além de atacar manifestantes que não faziam outra coisa além de utilizar o direito à liberdade de expressão - acrescentou -, bloqueou sites que cobriam os protestos".
A internet começou a ser um aliado dos egípcios contrários ao regime de Mubarak com as mobilizações de 6 de abril de 2008, quando uma greve geral foi convocada em protesto pela alta do preço dos alimentos e contra a gestão do presidente do Egito.
Desde então, se transformou em uma ferramenta fundamental para os opositores a Mubarak, que encontraram nos blogs e nas redes sociais uma plataforma de expressão que não tinham no país.
Apesar do bloqueio das redes sociais, os internautas encontraram formas de burlar a censura e trocaram impressões sobre a jornada anterior,além de convocar uma mobilização para esta quarta-feira através do Twitter.
"Ontem todos éramos tunisianos, hoje todos somos egípcios e amanhã todos seremos livres", dizia uma das mensagens mais divulgadas na rede social.
De todo o mundo choveram ofertas de pessoas com conhecimentos informáticos para realizar ataques aos sites do Governo egípcio e às páginas de companhias de telefonia celular, acusadas por internautas de terem cancelado números de telefone de alguns ativistas.
Soldados faziam sinais de vitória na noite desta sexta-feira dirigidos a milhares de manifestantes, que enfrentaram o toque de recolher imposto na capital egípcia e que, algumas horas antes, gritavam ainda a plenos pulmões: "o povo quer a queda do regime".
Mais de duas horas após a imposição do toque de recolher pelo presidente egípcio Hosni Mubarak, caminhões militares circulavam no centro da cidade do Cairo, perto da praça da Ópera, e militares acenavam para a população, recebendo aplausos.
Alguns populares chegaram até a subir nos tanques e policiais apertavam as mãos de manifestantes, constatou a AFP.
"Não sabemos ainda de que lado está o exército (...) Mas é verdade que respeitamos os militares", acrescentou um outro jovem que participava de passeata com milhares de outros no bairro Dokki, duas horas após a imposição do toque de recolher às 18h (16h GMT).
Os prédios e locais públicos estavam pichados com frases contra o governo. O fim das orações de sexta-feira soou como o início de uma maratona contra o poder, com milhares de pessoas tomando de assalto as ruas, em meio ao aplausos dos passantes, para exigir a saída do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos.
"Liberdade!", gritavam manifestantes, sob o olhar espantado de policiais de escudo e capacete perto da célebre mesquita al-Azhar, no bairro histórico de Khan al-Khalili.
Um pouco antes, na mesma praça da Ópera, dezenas de manifestantes retornarvam sangrando do local, depois de choques com a polícia. Num jovem, com o torso nu, podia-se ver os sinais do impacto das balas de borracha.
A sede do Partido Nacional Democrata (PND no poder) no centro do Cairo foi incendiada, segundo um fotógrafo da AFP.
As redes sociais foram fundamentais para articular os protestos dos opositores egípcios ao Governo de Mubarak, por isso as autoridades egípcias bloquearam alguns sites que emitiram os protestos ao vivo, como o Bambuser e os jornais digitais Dostor e Badil, informou nesta quarta-feira a Rede Árabe pelo direito à informação.
Esta plataforma, que defende a liberdade de informação, denunciou em comunicado que o Governo "deu mais um passo na repressão das liberdades civis".
"Além de atacar manifestantes que não faziam outra coisa além de utilizar o direito à liberdade de expressão - acrescentou -, bloqueou sites que cobriam os protestos".
A internet começou a ser um aliado dos egípcios contrários ao regime de Mubarak com as mobilizações de 6 de abril de 2008, quando uma greve geral foi convocada em protesto pela alta do preço dos alimentos e contra a gestão do presidente do Egito.
Desde então, se transformou em uma ferramenta fundamental para os opositores a Mubarak, que encontraram nos blogs e nas redes sociais uma plataforma de expressão que não tinham no país.
Apesar do bloqueio das redes sociais, os internautas encontraram formas de burlar a censura e trocaram impressões sobre a jornada anterior,além de convocar uma mobilização para esta quarta-feira através do Twitter.
"Ontem todos éramos tunisianos, hoje todos somos egípcios e amanhã todos seremos livres", dizia uma das mensagens mais divulgadas na rede social.
De todo o mundo choveram ofertas de pessoas com conhecimentos informáticos para realizar ataques aos sites do Governo egípcio e às páginas de companhias de telefonia celular, acusadas por internautas de terem cancelado números de telefone de alguns ativistas.
Soldados faziam sinais de vitória na noite desta sexta-feira dirigidos a milhares de manifestantes, que enfrentaram o toque de recolher imposto na capital egípcia e que, algumas horas antes, gritavam ainda a plenos pulmões: "o povo quer a queda do regime".
Mais de duas horas após a imposição do toque de recolher pelo presidente egípcio Hosni Mubarak, caminhões militares circulavam no centro da cidade do Cairo, perto da praça da Ópera, e militares acenavam para a população, recebendo aplausos.
Alguns populares chegaram até a subir nos tanques e policiais apertavam as mãos de manifestantes, constatou a AFP.
"Não sabemos ainda de que lado está o exército (...) Mas é verdade que respeitamos os militares", acrescentou um outro jovem que participava de passeata com milhares de outros no bairro Dokki, duas horas após a imposição do toque de recolher às 18h (16h GMT).
Os prédios e locais públicos estavam pichados com frases contra o governo. O fim das orações de sexta-feira soou como o início de uma maratona contra o poder, com milhares de pessoas tomando de assalto as ruas, em meio ao aplausos dos passantes, para exigir a saída do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos.
"Liberdade!", gritavam manifestantes, sob o olhar espantado de policiais de escudo e capacete perto da célebre mesquita al-Azhar, no bairro histórico de Khan al-Khalili.
Um pouco antes, na mesma praça da Ópera, dezenas de manifestantes retornarvam sangrando do local, depois de choques com a polícia. Num jovem, com o torso nu, podia-se ver os sinais do impacto das balas de borracha.
A sede do Partido Nacional Democrata (PND no poder) no centro do Cairo foi incendiada, segundo um fotógrafo da AFP.
FONTE: Terra Notícias
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