CIÊNCIAS SOCIAIS

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27 de jul. de 2014

MOSTRANDO UM POUCO MAIS O QUE ESTÁ POR TRÁS DA INVESTIDA RUSSA CONTRA A UCRÂNIA, DO CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO DO MUNDO ISLÂMICO CONTRA ISRAEL E DA RECENTE RADICALIZAÇÃO DO ATUAL GOVERNO BRASILEIRO EM RELAÇÃO À POLÍTICA EXTERNA TOMANDO A POSIÇÃO PRÓ RÚSSIA, PRÓ HAMAS E PRÓ-PALESTINOS...

Israel tem-se tornado uma potência económica regional, não apenas devido à sua tecnologia, agricultura, ciência, capacidades militares, etc., mas graças aos recursos de gás natural recentemente descobertos em pleno mar, mais propriamente na zona marítima entre Israel e a ilha de Chipre.
Mas esta súbita riqueza natural que fará com que Israel se torne auto-suficiente em gás natural para os próximos 150 anos provoca sentimentos mistos no estado judaico: por um lado, uma justificada euforia pela riqueza natural desconhecida até há 5 anos atrás e agora uma impressionante fonte de riqueza. Mas por outro lado, uma preocupação relativa às reacções da toda poderosa Rússia, detentora e exportadora de algumas das maiores reservas de gás natural, e que agora olha para esta "competição" israelita com olhos vorazes, quem sabe até desejos de rapina.
Com Putin como presidente, a Rússia tem conhecido um crescimento económico ímpar, devido em parte à exportação do "seu" gás natural para os países do Médio Oriente e Europa. Obviamente que a Rússia não vai aceitar que agora apareça um competidor, ainda por cima alguém chamado Israel, a interferir no seu filão de gás natural, ao exportar para países vizinhos com os quais assinou acordos de paz - Egipto e Jordânia - e provavelmente até à própria Europa. Sob o título "A fortuna de Israel é o terror de Putin", o jornalista  Arthur Herman escreveu recentemente no "The New York Times""esses campos de gás natural e de petróleo, denominados de Tamar e Leviathan, prometem a Israel um imprecedente grau de independência energética e um lucrativo mercado exportador para os seus vizinhos árabes, incluindo o Egipto e a Jordânia. E eles ameaçam desafiar o domínio do gigante energético russo Gazprom no mercado do gás natural europeu.
A empresa russa Gazprom forneceu em 2013 cerca de um quarto de todo o gás natural para a Europa, e a tendência é para um aumento da procura. No entanto, os europeus sabem que pagam demasiado caro à empresa russa - cerca de duas vezes e meia mais do que os americanos pagam pelo seu gás natural - apesar de a Gazprom produzir com custos económicos.
Eles (os europeus) também sabem que os russos não terão medo de usar as suas exportações de gás natural como forma de chantagem, tal como fizeram com a vizinha Ucrânia em 2009."
ISRAEL EXPORTADOR DE GÁS NATURAL?
As exportações do gás natural de Israel poderão logicamente ser feitas na forma de gás natural liquefeito - LNG - que será mais seguro do que utilizar condutas que os terroristas poderão atacar. Isso seriam boas notícias para os países da União Europeia, que os levariam a tornarem-se melhores parceiros económicos e políticos com Israel, e isso à custa da Rússia...
Ninguém duvida que essas são as intenções de Israel. Mas também as inquietações da Rússia...
A AMBIÇÃO RUSSA
Logo que Israel começou a explorar o seu gás natural, a empresa russa Gazprom correu imediatamente para fazer uma parceria com os israelitas, oferecendo-se para liquefazer algum do gás proveniente do campo de Tamar. Mas muitas pessoas duvidam das reais intenções da Rússia ao "ajudar" Israel a tornar-se um futuro competidor.
A verdade é que o filão de gás natural de Israel está a provocar a avidez de algumas potências. Recentemente, uma empresa australiana comprou 25% da exploração do campo Leviathan. Mas neste momento ainda não se sabe quanto do gás natural é que o governo israelita vai decidir usar para exportação, e quanto irá reservar para consumo interno.
As previsíveis exportações israelitas para os seus vizinhos árabes e até para a Autoridade Palestiniana - a empresa norte-americana"Noble", parceira de Israel na exploração do gás natural já assinou um contrato com a empresa energética palestiniana, a começar em 2017 - poderá suavizar as tensões entre Israel e os seus vizinhos árabes e palestinianos, e isto em nada agradará a uma Rússia que se habituou a lucrar com a instabilidade da região, podendo até levar a uma perda do seu domínio e influência política e económica no Médio Oriente. 
Ora, é aqui que se levanta a grande questão: como irá a toda-poderosa Rússia dirigida por um ambicioso Putin reagir face a esta ameaça económica israelita?
NOVO FOCO DE TENSÃO INTERNACIONAL?
Já há quem se interrogue se os campos de exploração petrolífera de Israel não se tornarão num novo campo de guerra, uma vez que provocarão uma insaciável avidez aos poderes estabelecidos na região, como é o caso da Rússia...
Será coincidência a crescente concentração de forças navais naquela região do Mediterrâneo Oriental? Tanto Israel, como a Turquia, a Rússia e até o Hezbollah (pária do Irão) concentram ali a sua presença, sabendo-se que só a Turquia vai investir 1 bilião de dólares para a compra de barcos de assalto rápido. 
O conflito já é latente entre Israel e o Líbano - oficialmente em estado de guerra - provocado pela divisão de águas, uma vez que um dos campos energéticos de Israel - a base Levant - se encontra na fronteira marítima entre os 2 países.
UMA RIQUEZA FENOMENAL...
Segundo o diário "The Daily Beast", aquela área do Mediterrâneo deverá conter cerca de 122 triliões de pés cúbicos de gás natural e 1,6 biliões de barris de petróleo - provavelmente até o dobro disso. Esta base de recursos naturais nas profundezas marítimas inicia-se junto ao porto sírio de Tartus (que é onde os russos estabeleceram a sua base naval...), percorrendo toda a costa do Líbano, Israel e Gaza e chegando até à costa cipriota. 
A exploração do gás natural nestes gigantescos campos energéticos tem sido feita com parcerias entre empresas israelitas e as americanas "Noble Energy" e o "Delek Group", levando a impressionantes descobertas nos anos 2009 e 2010. Isso inclui o gigantesco campo Tamar, cuja exploração se iniciou em 2013 e o campo Leviathan onde se estima existirem 18 triliões de pés cúbicos de gás. As projecções apontam para uma auto-suficiência israelita para os próximos 150 anos!
Fonte: http://shalom-israel-shalom.blogspot.com.br/2014/02/os-anzois-que-arrastarao-gogue-magogue.html?spref=fb
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07/05/2014
 às 15:38

Boko Haram – O mundo ignora a ação de milícias islâmicas que matam 100 mil Cristãos por ano

A milícia islâmica Boko Haram, que sequestrou mais de 200 meninas na Nigéria, promoveu um massacre que fez entre 150 e 300 mortos, não se sabe ao certo, no estado de Borno, nordeste do país (ver post). É um dos braços da Al Qaeda no continente.
Digam-me aqui: desde quando as milícias islâmicas aterrorizam o mundo, muito especialmente países africanos? O que fez a comunidade internacional diante do massacre de mais de 400 mil cristãos em Darfur, no Sudão? O mais curioso é que, nos centros influentes de pensamento da Europa e dos Estados Unidos (e até nas universidades brasileiras, que não são influentes), fala-se numa certa “islamofobia”, que ninguém, até agora, conseguiu definir direito o que é ou identificar.
O aspecto religioso dos ataques promovidos por milícias islâmicas na África ou no Oriente Médio desaparece depressa, é logo ignorado. A Igreja Católica e as demais denominações cristãs parecem incapazes de denunciar com a devida gravidade o que está em curso. Ao contrário até: na imprensa ocidental, a esmagadora maioria das notícias acaba tendo um viés anticristão por causa, vamos dizer, da “agenda progressista de costumes”. No mundo, nenhuma escolha pessoal é, hoje em dia, tão mortal como o cristianismo. Nos 45 dias que se seguiram à deposição de Mohamed Morsi, no Egito, pelo menos 200 cristãos da minoria copta foram assassinados. E a matança continua.
Em 2012, escrevi aqui, 105 mil pessoas foram assassinadas no mundo por um único motivo: eram cristãs. O número foi anunciado pelo sociólogo Maximo Introvigne, coordenador do Observatório de Liberdade Religiosa, da Itália. E, como é sabido, isso não gerou indignação, protestos, nada. Segundo a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), 75% dos ataques motivados por intolerância religiosa têm como alvos os… cristãos. Mundo afora, no entanto, o tema quente, o tema da hora, em matéria de religião — e não é diferente da imprensa brasileira —, é a chamada “islamofobia”.
Existe islamofobia? Sem dúvida. Muitas vezes, no entanto, entra nessa categoria a justa reação de países ocidentais à tentativa de comunidades islâmicas de impor seus costumes à revelia da legislação dos países democráticos que as abrigam. O dado inquestionável, no entanto, é que a “islamofobia” gera, quando muito, manifestações de preconceito — em si mesmas odiosas. Já a “cristofobia” causou a morte de 105 mil pessoas só em 2012. Há lugares em que ser cristão é, com efeito, muito perigoso: Nigéria, Paquistão, Mali, Somália e… Egito — especialmente depois da chamada “revolução islâmica”, ou “Primavera”, na linguagem, vamos dizer assim, floral da deslumbrada imprensa ocidental.
Mas este não é um assunto “quente”. Se algum extremista cretino atacar um muçulmano no Ocidente, aí o debate pega fogo — e não que a indignação seja imerecida. Mas cumpre perguntar: por que a carne cristã é tão barata no imaginário da imprensa ocidental?
Há cristãos sendo crucificados na Síria por jihadistas que promovem a guerra civil contra Bashar Al Assad. Há poucos dias, ao saber disso, consta, o papa chorou. Ocorre que a comunidade internacional, o papa inclusive, tem de fazer mais do que chorar. Quem financia o Boko Haram? Quem dá dinheiro às milícias islâmicas que aterrorizam a África?
É preciso que se chame a atenção para o caráter religioso dessa guerra. A Nigéria, com mais de 170 milhões de habitantes, tem uma discreta maioria de cristãos na comparação com os muçulmanos: 49% a 48%, mais ou menos. Não se tem notícia de milícias cristãs armadas. Reitere-se: o confronto que mais mata hoje na Nigéria e no mundo é religioso, não étnico. E os islâmicos estão na ofensiva terrorista.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/boko-haram-o-mundo-ignora-a-acao-de-milicias-islamicas-que-matam-100-mil-cristaos-por-ano/

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