Rede Sustentabilidade vira partido oficialmente
Depois de um intenso trabalho de coleta de assinaturas, a Rede
Sustentabilidade teve o seu registro aprovado pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) e passa a ser oficialmente um partido político. O julgamento
aconteceu nesta terça-feira, dia 22 de setembro, no plenário do Tribunal. O
registro foi aprovado por unanimidade após brilhante sustentação oral do
ex-minsiro Sepulveda Pertence, que advoga para a Rede desde a retomada do
processo. Na ocasiāo do registro, os outros seis ministros acompanharam o
relator do pedido, João Otávio Noronha, que foi favorável à criação da Rede. O
magistrado levou em consideração o parecer expedido pela Procuradoria Geral
Eleitoral, também em favor do registro do partido. Com a medida, o partido já
estará apto a participar das próximas eleições de 2016, quando serão escolhidos
prefeitos e vereadores.
Além de Noronha, acompanharam o voto do relator os ministros Antônio Herman
de Vasconcellos e Benjamin, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Gilmar Mendes e
Rosa Weber. O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, também se posicionou
favoravelmente ao registro do partido.
“A Rede é um esforço para atualizar a política. Queremos colocar a questão
da sustentabilidade no centro da discussão, no desenvolvimento econômico e
social do nosso país. A sustentabilidade é o grande debate que o mundo e o
Brasil precisam”, comemorou a ex-senadora Marina Silva logo após o resultado.
A Rede se consolida num momento em que são graves os problemas relacionados
ao desgaste da política – dos políticos e do sistema de representação. Na
contramão desse cenário, a Rede se apresenta como um partido a serviço da
sociedade, que busca mudanças profundas no sistema político, e luta pela
construção integral da democracia no país e por um modelo de desenvolvimento
baseado nas cinco principais dimensões que se fundem no que chamamos de
sustentabilidade: a ética, a ambiental, a social, a política e a econômica.
“E agora uma das questões mais urgentes dessa agenda é a sustentabilidade
política. A Rede não tem a pretensão de ser a dona da verdade, mas quer dar sua
contribuição para o debate. Queremos que a governabilidade seja programática,
baseada em programas e não de projeto de poder pelo poder”, avaliou Marina.
A Rede agora é um partido. Mas mesmo sendo um partido que acaba de nascer já
teve momentos importantes em sua história, como o Movimento Brasil com S
(2007), o Movimento Marina Silva (2009), a campanha presidencial de 2010, o
Movimento Nova Política (2011) e da Rede Pró-Partido (2013). É uma confluência
em torno de um Brasil mais sustentável, mais justo e mais democrático. Das
origens do movimento socioambiental à potência pulverizada dos ativistas
autorais, com natural identificação por parte de artistas e intelectuais. A
Rede Sustentabilidade não surge para se apropriar ou substituir esse movimento.
Ela surge desse e para esse movimento. Ela está a serviço desse movimento.
Como partido político, a Rede se coloca a serviço de pessoas que não aceitam
mais serem espectadoras de decisões e ações feitas à revelia da sociedade. Que
não aceitam mais serem apenas eleitores constrangidos a um voto insatisfeito e
desanimado. Que não querem ter mais a sensação ruim de impotência diante da
arrogância de quem imagina o poder político como sua propriedade, de sua
família e de seu grupo. Com raízes na trajetória de lutas do campo
socioambiental, a Rede fez a ponte entre as demandas por justiça e direitos
sociais e humanos e o movimento contra o uso abusivo do ambiente natural,
demonstrando que estes são inseparáveis e somente sua união pode responder às
grandes questões do presente.
O partido, que agora se torna oficial, já vem lutando por uma nova forma de
fazer política e agora passa a buscar seu caminho como uma nova força política
no Brasil. Esse trabalho será marcado pelo rompimento com práticas atrasadas e
resistentes que têm sugado as energias, os recursos e o esforço diário de
milhões de brasileiros, manipulando-os em favor de projetos de poder, de uso
privado das riquezas públicas e de ocupação abusiva e antidemocrática das
instituições do Estado. Com o registro reconhecido pelo TSE, a Rede
Sustentabilidade passa a ser um ator real na busca por essas conquistas e o
fará também por meio de inovações tecnológicas que possibilitam a participação
de filiados e simpatizantes: a Rede trabalha para trazer o espírito
colaborativo para a política, viabilizando a democracia digital.
Um processo de criação transparente e autoral
A coleta de assinaturas para criação da Rede ocorreu de forma autoral em todo o Brasil. Diferentemente de outros partidos, que terceirizaram essa tarefa, a Rede escolheu fazer a coleta de maneira aberta, dando transparência ao processo. Foram mais de 10 mil militantes cadastrados que foram para as ruas para a coleta de assinaturas, em centenas de mutirões e ações pelo país.
A coleta de assinaturas para criação da Rede ocorreu de forma autoral em todo o Brasil. Diferentemente de outros partidos, que terceirizaram essa tarefa, a Rede escolheu fazer a coleta de maneira aberta, dando transparência ao processo. Foram mais de 10 mil militantes cadastrados que foram para as ruas para a coleta de assinaturas, em centenas de mutirões e ações pelo país.
A mobilização pela criação da Rede começou com a sua fundação no Encontro
Nacional Pró Partido, organizado no dia 16 de fevereiro de 2013, em Brasília
(DF). No evento, foi lançado seu manifesto e estatuto e iniciou-se a campanha
de coleta de assinaturas pela obtenção do registro.
A Rede deu entrada no seu primeiro pedido de registro em setembro de 2013,
com 600 mil assinaturas, selecionadas após triagem entre as mais de 900 mil
obtidas durante a campanha. Desse total, os cartórios só validaram 442.524
fichas – embora questionadas, as invalidações dos cartórios culminaram na negativa
ao pedido de registro do partido durante o julgamento no TSE – foram seis votos
a um.
A partir de janeiro de 2015, a militância da Rede intensificou a campanha de
coleta de assinaturas, com a realização dos mutirões de Verão e o de Carnaval.
Nesse período, os filiados e simpatizantes foram novamente às ruas, montaram
pontos de coleta nas capitais dos estados e nas mais importantes cidades do
país. O esforço rendeu bons frutos e levou o partido a obter 56.128
assinaturas, que foram encaminhadas junto com o novo pedido de registro,
entregue ao TSE no dia 28 de maio.
Fonte: http://redesustentabilidade.org.br/rede-sustentabilidade
Depois de
um trabalho de coleta de assinaturas, a Rede Sustentabilidade teve o seu
registro aprovado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e passa a ser
oficialmente um partido político. O julgamento aconteceu nesta terça-feira, dia
22 de setembro, no plenário do Tribunal. O registro foi aprovado por
unanimidade. Na ocasião, os outros seis ministros acompanharam o relator do
pedido, João Otávio Noronha, que foi favorável à criação da Rede. O magistrado
levou em consideração o parecer expedido pela Procuradoria Geral Eleitoral,
também em favor do registro do partido.
Com a
medida, o partido já estará apto a participar das próximas eleições de 2016,
quando serão escolhidos prefeitos e vereadores.
Além de
Noronha, acompanharam o voto do relator os ministros Antônio Herman de
Vasconcellos e Benjamin, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Gilmar Mendes e Rosa
Weber. O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, também se posicionou
favoravelmente ao registro do partido.
Após a
legalização, a Rede fez alusão ao Petrolão e outros escândalos.
“O
partido, que agora se torna oficial, já vem lutando por uma nova forma de fazer
política e agora passa a buscar seu caminho como uma nova força política no
Brasil. Esse trabalho será marcado pelo rompimento com práticas atrasadas e
resistentes que têm sugado as energias, os recursos e o esforço diário de
milhões de brasileiros, manipulando-os em favor de projetos de poder, de uso
privado das riquezas públicas e de ocupação abusiva e antidemocrática das
instituições do Estado”.
“A Rede é
um esforço para atualizar a política. Queremos colocar a questão da
sustentabilidade no centro da discussão, no desenvolvimento econômico e social
do nosso país. A sustentabilidade é o grande debate que o mundo e o Brasil
precisam”, comemorou a ex-senadora Marina Silva logo após o resultado.
“E agora
uma das questões mais urgentes dessa agenda é a sustentabilidade política. A
Rede não tem a pretensão de ser a dona da verdade, mas quer dar sua
contribuição para o debate. Queremos que a governabilidade seja programática,
baseada em programas e não de projeto de poder pelo poder”, avaliou Marina.
processo
de criação
A coleta
de assinaturas para criação da Rede ocorreu de forma autoral em todo o Brasil.
A Rede escolheu fazer a coleta de maneira aberta. Foram mais de 10 mil
militantes cadastrados que foram para as ruas para a coleta de assinaturas, em
centenas de mutirões e ações pelo país.
A Rede
deu entrada no seu primeiro pedido de registro em setembro de 2013, com 600 mil
assinaturas, selecionadas após triagem entre as mais de 900 mil obtidas durante
a campanha. Desse total, os cartórios só validaram 442.524 fichas – embora
questionadas, as invalidações dos cartórios culminaram na negativa ao pedido de
registro do partido durante o julgamento no TSE – foram seis votos a um.
A partir
de janeiro de 2015, a militância da Rede intensificou a campanha de coleta de
assinaturas, com a realização dos mutirões de Verão e o de Carnaval. Nesse
período, os filiados e simpatizantes foram novamente às ruas, montaram pontos
de coleta nas capitais dos estados e nas mais importantes cidades do país. O
esforço rendeu frutos e levou o partido a obter 56.128 assinaturas, que foram
encaminhadas junto com o novo pedido de registro, entregue ao TSE no dia 28 de
maio.
“Como
partido político, a Rede se coloca a serviço de pessoas que não aceitam mais
serem espectadoras de decisões e ações feitas à revelia da sociedade. Que não
aceitam mais serem apenas eleitores constrangidos a um voto insatisfeito e
desanimado. Que não querem ter mais a sensação ruim de impotência diante da
arrogância de quem imagina o poder político como sua propriedade, de sua
família e de seu grupo. Com raízes na trajetória de lutas do campo
socioambiental, a Rede fez a ponte entre as demandas por justiça e direitos
sociais e humanos e o movimento contra o uso abusivo do ambiente natural,
demonstrando que estes são inseparáveis e somente sua união pode responder às
grandes questões do presente”, anunciou o partido.
TSE registra Rede Sustentabilidade de Marina
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
aprovou nesta terça-feira (22) a concessão de registro para a Rede
Sustentabilidade, partido idealizado pela ex-ministra e ex-senadora Marina
Silva.Com a decisão, a legenda fica apta a receber filiados e lançar candidatos
para as eleições de 2016. É o 34º partido do país – no último dia 15, o TSE
tinha autorizado o 33º, o Partido Novo.
Os fundadores da Rede tentaram obter o registro em 2013, a fim de lançar
Marina candidata à Presidência pela legenda no ano passado, mas tiveram o
pedido negado por falta do apoio mínimo necessário na ocasião. A ex-senadora
acabou disputando a eleição presidencial porque se filiou ao PSB e integrou,
como vice, a chapa encabeçada pelo ex-governador Eduardo Campos. Ela se tornou
candidata a presidente após a morte de Campos em um acidente aéreo – obteve
22,1 milhões de votos e ficou em terceiro lugar, atrás de Dilma Rousseff (PT) e
Aécio Neves (PSDB).
Em 2013, a Rede havia apresentado assinaturas de 442 mil eleitores validadas
pelos cartórios eleitorais, mas a lei exigia 492 mil, o equivalente a 0,5% dos
votos dados para os deputados federais nas eleições de 2010.
Em maio deste ano, Marina apresentou outras 56,1 mil assinaturas, somando apoio de 498 mil eleitores, acima do exigido atualmente (486,6 mil eleitores).
Em maio deste ano, Marina apresentou outras 56,1 mil assinaturas, somando apoio de 498 mil eleitores, acima do exigido atualmente (486,6 mil eleitores).
No fim de agosto, o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, se
manifestou favoravelmente ao registro da Rede. Para ele, a nova legenda não
precisaria apresentar mais assinaturas, de pessoas não filiadas a outros
partidos, uma nova exigência aprovada neste ano pelo Congresso para a obtenção
de autorização pela Justiça Eleitoral.
Na sessão desta terça, o pedido de registro teve os votos favoráveis do
relator, João Otávio de Noronha, e dos ministros Herman Benjamin, Henrique
Neves, Luciana Lóssio, Gilmar Mendes, Rosa Weber e do presidente do TSE, Dias
Toffoli.
Em seu voto, Gilmar Mendes lembrou da dificuldade de Marina em registrar o
partido e ao final elogiou a participação da ex-senadora na eleição do ano
passado. "Marina perdeu as eleições, mas ganhou a nossa admiração.
Portanto, perdeu ganhando", afirmou.
Ao final do julgamento, Dias Toffoli chamou a atenção para o crescimento do
número de legendas no país.
"A se manter esse sistema, da distribuição do tempo de TV e do Fundo
Partidário, cada deputado federal quererá ser o seu partido político. De 34
passaremos a ter 513 partidos políticos”, afirmou, em referência ao número de
deputados da Câmara.
Marina diz que lógica do
"poder pelo poder" levou País ao fundo do poço
Ex-ministra
do governo Lula e adversária na disputa presidencial de 2014 da presidente
Dilma Rousseff, Marina Silva criticou o modelo de governo atual e disse que a
lógica "do poder pelo poder" e de "distribuição de pedaços do
Estado" levou o País ao fundo do poço. Para ela, o "atraso na
política" faz o País perder o que "a duras penas conquistou".
"É
triste ver que mais de nove milhões de pessoas perderam os seus empregos nesses
últimos oito meses e que estamos perdendo aquilo que havíamos conquistado de
inclusão social", afirmou a ministra, com críticas ainda ao foco do
governo no ajuste fiscal e a medidas pouco pensadas. "Desde 2008 o Brasil
deveria ter feito o dever de casa. A lógica do poder pelo poder, de sacrificar
os rumos de uma nação por causa de uma eleição, nos levou a essa situação que
temos hoje em que há uma perplexidade por parte do governo. Toda hora há uma
medida que não foi pensada, tanto é que a todo momento ela tem que ser ou
ajustada ou abandonada", criticou.
Os
comentários foram feitos instantes após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
oficializar a criação da Rede Sustentabilidade, partido idealizado por Marina e
que teve registro rejeitado pela Justiça Eleitoral em 2013. A ex-ministra disse
que o grupo, que por ser novo enfrentará dificuldades na divisão do tempo de
televisão e recursos do fundo partidário, vai apostar em uma forma de fazer
política sem uso das estruturas tradicionais num momento de "crise"
pelo qual passa o País.
"Não
é o momento de ficar preocupado em recuperar popularidade, é o momento de
adquirir credibilidade", disse Marina. Ela afirmou que os que
"sonharam que estavam melhorando de vida" hoje perderam empregos,
ficaram endividados e têm estilo de vida corroído por inflação e juros altos.
A
situação de crise, para a ex-ministra, é a consequência de uma disputa
eleitoral sem debate sobre projeto de governo. "Não se ganha uma eleição
sem apresentar um programa. Quando isso acontece é o que estamos vendo agora em
toda essa agenda que leva o Brasil ao desequilíbrio das contas públicas, a
perder grau de investimento, a perder empregos, a ver a indústria sendo
completamente arrasada e agora com o risco de perdas sociais que serão grandes
prejuízos para os mais frágeis", completou.
Impeachment. Apesar das críticas, Marina
disse que não se pode trocar a presidência da República apenas por discordância
das medidas adotadas. Para falar em impeachment, segundo é, é preciso que fatos
apontem envolvimento da presidente Dilma em irregularidades. "Não há o que
tergiversar e esses processos não são fabricados. Se houver comprovação, não há
o que se discutir. Sem isso não se muda o presidente porque se discorda dele.
Não faço discurso de conveniência", disse. Ela defendeu que o País
assegure "autonomia e apoio político" às investigações e punição a
culpados - sem se referir diretamente a escândalos de corrupção. Com
informações do Estadão Conteúdo.
Fonte: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/marina-diz-que-l%C3%B3gica-do-poder-pelo-poder-levou-pa%C3%ADs-ao-fundo-do-po%C3%A7o/ar-AAeEBjz?li=AAaB4xI&ocid=mailsignoutmd
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